


Algumas árvores nativas do Brasil, tiveram origem ou ocorreram intensamente em áreas do vale do Rio Paraíba do Sul, caracterizando a paisagem dessas regiões. Apesar do ciclo do café, muitos exemplares dessas espécies foram poupados do desmatamento, ou reproduzidos, no Médio Vale, devido à grande beleza e imponência, sendo encontrados ainda em grande quantidade principalmente na região serrana. Na área urbana, entretanto, elas podem ser vistas cada vez mais raramente.
Das quatro espécies citadas, apenas o Mulungu (Erythrina Mulungu) é indicado para jardins e quintais. Característica do clima tropical, pode chegar até
A mais típica da região entre todas é o Guapuruvu (Schizolobium parahyba), como o próprio nome científico indica. Como anterior, apresenta flores de beleza exuberante, só que amarelas, que também aparecem em meados do inverno, na forma de espigas longas, com numerosas flores pequeninas. Pode alcançar até
Semelhante, e por isso às vezes confundida com o Guapuruvu, é a Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides), diversa entretanto pelo porte (no máximo
O Timburibá (Enterolobium contortisiliquum) é considerado, do ponto de vista histórico, a árvore símbolo de Resende, tendo dado nome a um jornal, tema de inúmeras poesias, e da lenda mais popular do município. Mas, do ponto de vista botânico, o Timburibá é um mistério. Registros históricos dão conta da existência de um exemplar muito famoso, existente no bairro Alto dos Passos, nas proximidades do cemitério, mas este teria tombado durante uma tempestade, há cerca de cem anos atrás. Desde então, quanto mais famoso, mais misterioso. Ninguém mais que se saiba na cidade, parece conhecer a existência de outro. Mas continuo contando com a ajuda de amigos historiadores, paisagistas, botânicos e outros, para esclarecer-lo. Enfim, procura-se um Timburibá!!!!
As três primeiras espécies citadas estão em plena floração, que se estenderão pela primavera, e ainda embelezando a cidade com os exemplares que ainda restam, como que numa homenagem pelo aniversário, comemorado
Célia Borges