Uma das principais atrações turísticas do Parque Nacional do Itatiaia, infelizmente, perdeu-se há pouco tempo: o Museu da Fauna e da Flora, que se situava em prédio de curiosa arquitetura, com três pavilhões em forma de U, construído em 1942, e que começou a ser desativado há cerca de dois anos. Seu acervo, que foi dividido entre várias instituições, como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Fundação Osvaldo Cruz, era constituído por material para exposições e coleções para estudo, possuindo 2.328 espécies de plantas, 186 frutos, 400 tipos de animais (répteis, aves e mamíferos) e 2.354 artrópodes (insetos e aracnídeos), todos esses para exposição.
A coleção destinada a estudos dispunha de 1.108 animais preparados e cerca de 11.200 artrópodes, que atraiam cientistas e estudantes do mundo inteiro. Todo esse material, segundo promessa dos atuais administradores, deverá ser transformado em material gráfico e áudio-visual, para garantir as finalidades de pesquisa, o que ainda está em fase de projeto. Restou pelo menos um interessante relógio de sol, situado ao lado da sede do parque, construído na Inglaterra em 1925, e um dos poucos do país que ainda funciona regulado pelas estações do ano e pela incidência da luz solar sobre seu mecanismo.
Mas se o trabalho do homem tem sido provisório, o mesmo não se pode dizer da natureza, que garante muitos outros atrativos, como as cachoeiras que vão se formando pelo leito do rio Campo Belo, desde a fronteira com Minas Gerais, no alto da Serra da Mantiqueira, e atravessando todo o parque. São cachoeiras dos mais variados tipos, sendo a mais conhecida o Véu da Noiva, formada por uma queda abrupta de mais de
Igualmente bela é a cachoeira Itaporani, com três quedas d’água e uma piscina natural de
Outras cachoeiras são a Poranga –
Dentro do parque, mas no vale do rio Bonito, que desce a serra paralelamente ao Campo Belo, também encontram-se recantos interessantes, como a Cachoeira do Rio Bonito, com queda de seis metros, uma piscina natural e vegetação luxuriante. Na Serra do Palmital é possível visitar a base dos três morros conhecidos como Três Picos, que vistos pelo lado do Penedo levam o nome de Pedra da Índia, por lembrar o perfil de uma mulher deitada.
O PICO E A RODOVIA DAS FLORES – Para chegar ao Pico das Agulhas Negras, assim como às áreas mais altas do parque, é preciso ir até Engenheiro Passos, e aí entrando à direita na BR-354, Rio-Caxambu, segundo
Depois de mais
O Abrigo Rebouças é constituído por três construções de pedra, sendo dois dormitórios (masculino e feminino) com capacidade para 24 pessoas, e a terceira para banheiros e tanques. Menos de um quilometro adiante encontra-se a Cachoeira das Flores – três quedas d’água com cerca de
Seguindo-se à direita, chega-se à Serra das Prateleiras, uma seqüência de formações rochosas cujo ponto mais alto é a Pedra do Gigante. Outras formações recebem nomes curiosos, como a Pedra da Tartaruga, a Pedra da Maçã e a Pedra Sentada (que lembra duas pernas sentadas numa cadeira). E coroando a paisagem do parque, à esquerda do abrigo, encontra-se o Pico das Agulhas Negras. Ele é o ponto culminante do estado do Rio de Janeiro, a
O Parque Nacional do Itatiaia, embora seja federal, e portanto fora da área de jurisdição do município, dá sua relevante contribuição à economia de Itatiaia, não só pelos inúmeros estabelecimentos comerciais que se localizam em sua área geográfica e adjacências – como hotéis, pousadas, restaurantes e lojinhas de artesanato – como por ser seu principal ponto de atração turística.
Célia Borges