O jardineiro, seja profissional ou amador, precisa estar atento à certas condições naturais, que podem ser influenciar no sucesso do seu trabalho. Os ciclos da natureza estão entre esses fatores, e entre a prática e a ciência, alguns deles vêm sendo plenamente confirmados, como o que define os meses sem erre – maio, junho, julho e agosto – como os mais indicados para várias atividades, como as podas, adubações e plantio de sementeiras para as hortas.
A escolha se explica tanto do ponto de vista prático quanto do científico: entre o outono e o inverno, a maioria das plantas entra em estado, por assim dizer, de hibernação. Literalmente, elas descansam da intensa atividade vegetativa do restante do ano. Esse é, portanto, o momento oportuno para prepara-las para a fase de renovação produtiva, que se apresenta à partir de agosto, e mais intensamente em setembro, com a chegada da primavera.
É a época mais indicada tanto para as podas e reformas dos jardins, quanto para a limpeza dos vasos. Em cada caso, é importante observar tanto a saúde da planta quanto o interesse decorativo, fazendo a poda na medida da expectativa de crescimento da espécie, assim como respeitando outros aspectos, como a quantidade de sol, umidade e exposição ao vento.
Deixar crescer demais plantas com perfil de pequenas, por exemplo, pode comprometer a produção de folhas e flores. Na dúvida entre o demais e o de menos, é melhor ficar no meio termo. Apesar de essa época ser recomendável para as podas de formação e as podas radicais, nada impede que a planta seja submetida às podas de limpeza e às esculturais, durante o processo de crescimento.
As podas de formação, adequadas à essa época do ano, são importantes no sentido de se dar às plantas orientação sobre os aspectos que se espera que elas tenham. Um projeto pré-estabelecido é relevante auxiliar nessa hora, quando se pode adaptar cada planta ao projeto do jardim. A poda radical também é oportuna nessa época, nos casos em que é preciso tentar renovar plantas que reagiram de forma negativa às condições oferecidas, e se encontram em mau estado. Nesses casos é indicada também uma adubação, e observação da luz e umidade exigidas.
A questão da adubação já é um pouco mais complexa, diante da variedade de produtos e possibilidades de aplicação. A tendência para o uso de produtos naturais, sem aditivos químicos, vem sendo cada vez mais considerada. A produção de adubos à partir da reciclagem de resíduos domésticos é possível para quem dispõe de espaço suficiente para a produção de compostos, solução barata mas que exige alguma dedicação. Nos demais casos, expor suas necessidades no comércio especializado pode ajudar na escolha dos produtos indicados, de acordo com o tipo de planta, o estágio de crescimento e o tamanho do local a ser adubado.
Prometo mais esclarecimentos em próximas postagens. Mas também estou à disposição para o esclarecimento de dúvidas, através de comentários ao texto, incluído o endereço de e.mail para resposta.
Célia Borges
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