Os 100 anos de existência do Núcleo Colonial do Itatiaia, ou Itatiaya como escrito nos documentos originais, serão comemorados neste sábado, dia 13 de dezembro, em evento promovido pela Associação dos Amigos do Itatiaia e pela Academia Itatiaiense de História, no auditório do Itatiaia Park Hotel, antigo Hotel Simon, no Parque Nacional do Itatiaia.
A programação, com início previsto para as 16 horas, começará com uma confraternização entre os convidados, seguida de palestra sobre os aspectos históricos do centenário, e de uma exposição de fotos, com comentários da bióloga Paula Vergne, sobre “A História de uma Recuperação Florestal”. O evento será encerrado com um coquetel.
A primeira leva de imigrantes europeus, convidados pelo governo brasileiro para adquirirem terras nessa região, tanto nos núcleos do Itatiaia quanto no de Visconde de Mauá, chegou à Resende no dia 14 de dezembro de 1908. Eram 20 famílias, com pouco mais de cem pessoas, com a predominância de suíços, que chegaram no navio Cap Verde, desembarcando no porto do Rio de Janeiro e sendo imediatamente encaminhadas ao seu destino no país.
A criação dos dois núcleos coloniais promoveu a mais significativa vinda de imigrantes europeus para essa região, ao longo de mais de uma década. O primeiro passo foi dado em abril de 1908, quando o governo do Estado do Rio de Janeiro, representando a União, propôs ao Comendador Henrique Irineu de Souza a compra dos 48 mil hectares de terra de suas fazendas no maciço do Itatiaia, herdadas do pai, o Visconde de Mauá.
O negócio foi fechado rápidamente, e no dia 4 de junho do mesmo ano foi lavrada a escritura de compra pelo governo federal. O Núcleo Colonial do Itatiaya recebeu predominantemente famílias imigrantes alemãs, suíças e austríacas, havendo também imigrantes de outras nacionalidades, como italianos, espanhóis e belgas.
O propósito era a produção de frutas européias, cereais, tubérculos, e a criação de pequenos animais, além de gado de clima temperado. Apesar desse objetivo não ter sido alcançado, não se pode dizer que a iniciativa tenha sido um fracasso, pois criou a tendência de atrair estrangeiros de diversas nacionalidades, inclusive cientistas, e desenvolvendo atividades econômicas menos agressivas ao meio ambiente, e revelando na região o seu potencial como atração turística.
Célia Borges
11 de dezembro de 2008
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Um comentário:
Ainda bem que o local manteve-se preservado e valorizado. Gostaria muito de participar de um evento deste. Grande beijo amiga!
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