10 de abril de 2008

Recursos da natureza no combate à dengue: própolis, inhame e etc...


Nesses tempos de epidemia de dengue, todo cuidado é pouco, tanto para combater o mosquito quanto para prevenir e tratar a doença. Em todos esses casos, a Natureza pode ser uma grande aliada, especialmente naquelas situações em que o atendimento médico não está garantido, seja pela dificuldade de acesso ou outro motivo, ou quando faltam medicamento e repelente para atender a todos os que necessitam.
As formas de combate à reprodução dos mosquitos Aedes aegypt e A. albopictus tem sido fartamente divulgadas, e devem ser seguidas à risca, impedindo-se os focos de proliferação em águas paradas, sejam limpas ou não. Mas quando é impossível evitar que a água empoce, há o recurso do uso de borra de café, no caso de bromélias e vasos de plantas, ou vinagre, em outras situações. Ambos impedem a sobrevivência de larvas.
Para prevenir as picadas dos insetos, o uso de repelentes tem sido o mais recomendado, mas na falta dele, tomar comprimidos de Complexo B regularmente, nas dosagens indicados por médicos ou pela bula do medicamento, é um recurso sem maiores riscos, já que o excesso dessas vitaminas é geralmente eliminado pelo próprio organismo sem maiores problemas. O odor das vitaminas do complexo B na pele atua como repelente natural, e funciona até para evitar pulgas e carrapatos em animais.
Outro recurso para evitar mordidas dos insetos é o uso de própolis, como recomenda o biólogo Gilvan Barbosa Gama, de Florianópolis. Segundo ele, a própolis exala no suor dois princípios ativos – a flavona e a vitamina B – que atuam como repelentes. No uso preventivo para adultos a dosagem é a seguinte: 30 a 40 gotas diluídas em água, a cada seis horas. Crianças de 0 a 10 anos, tomar metade do peso corporal em gotas diluídas em água, nos mesmos períodos.
Nos casos da doença já instalada, as indicações são as seguintes, observando-se a necessidade de teste alérgico para quem usa a medicação pela primeira vez:
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Adultos: tomar 7,5 ml do extrato de própolis diluído em água (sem cloro). 1/2 copo na crise febril, ou seja, quando a febre se mostrar mais elevada. A partir daí, repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2 hs.
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Crianças:
- crianças de 0 a 3 anos: 1,5 ml do extrato de própolis diluído em água sem cloro (quantidade da água a critério) quando a febre se mostrar mais severa. A partir daí repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2 hs.

- crianças de 3 a 6 anos: 3,0 ml do extrato de própolis diluído em água sem cloro (quantidade de água a critério) quando a febre se mostrar mais severa. A partir daí repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2 hs.
- crianças de 6 a 10 anos: 5,0 ml do extrato de própolis diluído em água sem cloro (quantidade de água a critério) quando a febre se mostrar mais severa. A partir daí repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2 hs.
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Outro recurso preventivo que tem sido indicado por especialistas em nutrição natural é o consumo do inhame, embora não haja uma confirmação médica sobre seus efeitos. Conhecido como alimento medicinal eficiente na eliminação das impurezas do sangue, é recomendado na medicina oriental como fator de fortalecimento do sistema imunológico, prevenindo e evitando doenças como a malária, a febre amarela e a dengue.
Além de ser nativo do Brasil, e poder ser cultivado facilmente em qualquer lugar úmido, é um vantajoso substituto da batata em todos os pratos. Pode ser consumido cru, em saladas ou vitaminas com frutas; cozido no vapor, em purês ou pastinhas; como inhoque, frito, em bolinhos recheados ou não; em sopas, tortas e bolos salgados; e até em sobremesas, tortas, bolos e biscoitos. Os tipos mais variados podem ser usados, como o pequeno e marrozinho por fora, variando no interior do roxo ao branco, até o inhame do norte e o cará, da mesma família. As folhas, que parecem com as da taioba, também podem ser consumidas.
É possível pesquisar na internet receitas bem interessantes dessa leguminosa brasileira, mas eu também disponho de algumas na minha coleção: quem quiser, basta escrever mandando endereço eletrônico (e-mail) que eu enviarei em seguida.
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Agradeço aos meus amigos Lenita Brant (arquiteta de Itatiaia) e Erickson Almeida (escritor e artista plástico de Salvador, BA) pela colaboração e incentivo. Saúde a todos...

Um comentário:

Anônimo disse...

A sua reportagem está muito boa e interessante.

Com isso, gostaria de saber se pode me enviar algumas receitas para se fazer com Inhame.

Sabe me dizer quantas vezes na semana temos que comer o inhame para espantar a dengue?

Segue meu e-mail: neliamaia@yahoo.com.br.

Muito obrigada e parabéns.

Att.
Nélia