4 de junho de 2008

COQUETÉIS DE INVERNO – Quentes ou frios, com chás, café, leite e vinho


As quedas de temperatura, às vezes bruscas, típicas dessa época do ano, sugerem alguma criatividade na escolha das bebidas. Mesmo para quem não gosta ou não tem hábito de consumir bebidas alcoólicas, um toque ainda que delicado de algum destilado, pode ajudar a estimular o organismo e combater o frio.

Nos paises e regiões frias, o cardápio de coquetéis de inverno costuma ser bem variado. Entre nós, os mais usados e conhecidos são aqueles à base de chás e café, e inclusive alguns baseados em leite e derivados (creme de leite, condensado, nata).

A dosagem de álcool pode variar, de acordo com os hábitos e gostos de cada um, mas duas colheres de sopa de destilado para entre 250 e 300 ml de demais ingredientes é suficiente para o toque de sabor e efeito térmico desejáveis.

Essa é a receita básica para os coquetéis criativos, onde você pode misturar o chá de sua preferência, ou o café, com uma dose da bebida alcoólica disponível. É bom lembrar, entretanto, que nem todos combinam entre si.

As misturas mais adequadas são aquelas em que os sabores tem afinidades entre si, como por exemplo os chás cítricos (laranja, limão e outros) com o Cointreau e licores da mesma família; os chás pretos combinam muito bem com o whisky e com o conhaque, mas reagem mal às bebidas doces; os chás de ervas só terão o sabor preservado com uma dose de conhaque ou de aguardente de boa procedência, em muito pequena quantidade (uma colher de sopa, por exemplo). Os chás à base de frutas vão sempre combinar bem com os licores que lhes forem mais familiares, sendo que os de laranja são uma espécie de “coringa”, que vai bem com todos. E a cachaça com mel.

Seguem abaixo algumas receitas:

Chá-curaçao – Duas doses de chá preto bem forte e quente, uma dose de curaçao (pode ser substituído por “orange triple”) e duas colheres de sopa de leite condensado. Na versão fria, o chá é gelado e vai acompanhado de duas pedras de gelo.

Chá de Eva – Um litro de chá preto, cinco colheres de açúcar e uma dose (seis colheres de sopa) de Calvados (para cinco pessoas).

Chá Escocês – Meio litro de chá preto bem quente, quatro colheres de sopa de açúcar, quatro doses de whisky, meio pote de creme de leite fresco e noz moscada. Dá para quatro doses, e o açúcar deve ir primeiro, no fundo da xícara, seguido do whisky, do chá quente, e finalmente do creme batido, salpicado com a noz moscada.

Chá mexicano – Três colheres de açúcar, 3 colheres de grenadine ou licor de sua preferência, ½ dose de tequila e meio litro de chá (pode ser quente ou frio, e nesse último caso, pode ser acompanhado de duas pedras de gelo).

Café com licor – O café pode ser forte, médio ou fraco, ao gosto do consumidor, e os licores mais adequados para a mistura são o Cointreau, o Curaçao e o Creme de Cacau, sendo compatível com outras bebidas doces.

Café Royal – É o tradicional cafezinho, com uma dose proporcional de conhaque. Na falta desse, o whisky pode ser um bom substituto.

Café espumoso – ½ litro de café forte e frio, ½ litro de sorvete de creme, uma colher de sopa de angostura. Bata tudo no liquidificador e sirva em copos altos.

Café com chocolate e conhaque – Duas e ½ xícaras de chocolate quente feito com leite, 1 xícara de café quente e forte, ¼ de xícara de conhaque, uma colher de sopa de açúcar, ½ xícara de creme chantilly batido. Misture os ingredientes e sirva em canecas (quatro porções) enfeitadas com o chantilly.

Leite queimado – Receita muito conhecida, usada inclusive na medicina popular, essa aquece e ajuda na recuperação dos estados gripais: quatro colheres de açúcar derretido como calda, um copo de leite e uma dose de conhaque. É importante ter cuidado de não se expor ao frio, após a bebida.

Vinho quente – Duas xícaras de açúcar, 1 pau de canela, 12 cravos, 1 e ½ livro de vinho tinto suave, ½ xícara de suco de limão, 1 e ½ xícaras de suco de laranja e duas xícaras de água. Junte o vinho com o açúcar, a canela e os cravos e leve ao fogo até levantar fervura, cozinhe por cinco minutos, coe e junte o vinho coado ao suco de limão, ao de laranja e à água. Leve ao fogo e deixe ferver novamente por cinco minutos.

Vinho quente com mel – Uma garrafa de vinho tinto, ½ kg de mel, 1 colher de chá de gengibre, uma de canela e outra de cravo, todos moídos, uma colher da chá de essência de baunilha. Misture os ingredientes e leve ao fogo, mexendo lentamente, e dando por pronto antes de ferver.

Drinque de Inverno – Um litro de vinho tinto, ½ litro de Aquavit, uma xícara de uva passa, uma xícara de açúcar, casca ralada de um limão, uma laranja, 1 pedaço de canela em pau, 12 cravos da índia e 12 amendoas descascadas. Numa panela misture o vinho e metade da Aquavit e aqueça. Sobre um tecido limpo e fino, faça um saquinho com metade da uva passa, o açúcar, as cascas de limão, a laranja cortada em pedaços e as especiarias, que deve ser colocado na panela. Deixe ferver um pouco em fogo baixo, retire o saquinho e sirva em copos enfeitados com o restante da uva passa e as amêndoas.

Aproveitem essas receitas ou criem outras.

Um excelente, confortável e caloroso inverno para todos!!!

Célia Borges

I ENCONTRO DE HISTÓRIA DO VALE DO PARAIBA – A memória popular dos tempos do Café


A cidade de Vassouras será a anfitriã do I Encontro de História do Vale do Paraíba, cujo tema é o Resgate da memória popular dos tempos do Café. O evento, promovido pelo Instituto Light, será realizado nos dias 17 e 18 de junho, em parceria com os institutos Cultural Cidade Viva (ICCV), Preservale, Inepac e as universidades PUC e Severino Sombra, além do Conselho de Turismo da Região do Vale do Ciclo do Café (Conciclo).

Segundo os organizadores, “para ampliar o potencial de futuro de uma região é preciso buscar e registrar o seu passado na História”. O objetivo do evento é resgatar as histórias das cidades do Vale do Paraíba através de moradores, professores e estudiosos locais, viabilizando a troca de conhecimentos sobre a região interiorana do Rio de Janeiro, que ganhou destaque no início do século XIX, quando a cultura cafeeira prosperou, motivando o surgimento de fazendas e cidades da região e seus entornos.

O material reunido formará o conteúdo a ser divulgado num portal ainda inédito – Histórias do Médio Paraíba – e que poderá ser utilizado pelas escolas públicas e privadas dos 19 municípios do Vale do Paraíba fluminense, fornecendo elementos para que professores possam difundir o conteúdo em suas aulas, desenvolvendo em seus alunos a atenção para a importância da preservação da cultura, meio ambiente e cenários históricos.

As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Historiadores, professores, estudantes, moradores e demais interessados em participar do projeto devem acessar o site http://www.institutocidadeviva.org.br/encontrodehistora, para cadastro de seus dados pessoais. Aqueles que tiverem uma história, causo, fato, poesia ou fotos antigas sobre uma das cidades do Vale do Paraíba podem utilizar o e.mail faleconcosco@institutocidadeviva.org.br ou enviar sua colaboração para o endereço do ICCV, Rua Presidente Carlos de Campos, 258/201, Laranjeiras, Rio de Janeiro-RJ, cep 22231-080. Por telefone, maiores informações poderão ser obtidas com Anna Gabriela Lopes, nos números (021) 3553-1708 ou 9448-9649.

A sede do encontro será o Hotel Santa Amália, e a programação prevê encontros para trocas de experiência entre os participantes, apresentações de cultura popular e exibição filme, além de uma reunião dos secretários de Cultura, Educação, Turismo e Meio Ambiente dos municípios da região, para debater a História das Cidades do Vale do Paraíba e sobre financiamentos para a restauração do patrimônio.

Célia Borges