24 de dezembro de 2009

TERNO DA FOLIA ANIMA AS FESTAS EM MAUÁ



O Centro Cultural Visconde de Mauá, agradecendo a participação e a confiança recebida em 2009, encerra as suas atividades do ano com a programação do Terno de Folia Visconde de Mauá, que sairá às ruas, visitando as casas, do dia 25 de dezembro até o dia 6 de janeiro de 2010, levando música e alegria aos moradores da região.
O destaque dos desfiles será a bandeira do Terno da Folia, bordada pelas mãos das bordadeiras de Visconde de Mauá. Os integrantes do grupo são Jorge Brito, Zé da Viola, Daleni e Márcia Patrocínio, contando com a participação também de Ovídeo do Campo Alegre, Geraldo Lopes e Luciano Jardim.
Célia Borges

UM ATO PELA PRESERVAÇÃO DA CAPELA DE NOSSO SENHOR DOS PASSOS



A comunidade de Itatiaia, através da sociedade civil organizada, está programando para o dia 3 de janeiro próximo, e primeiro domingo do ano, um ato cívico e religioso, pela preservação da Capela de Nosso Senhor dos Passos, que é o prédio mais antigo do município e seu principal patrimônio histórico. O Terço, que já vem reunindo a comunidade nos primeiros domingos de cada mês, e há mais de três anos, será rezado às 15 horas, estando previstos, a seguir, depoimentos de devotos sobre a história da capela.
O encontro do dia 3 de janeiro terá um caráter especial, também porque será apenas a segunda vez em que O Terço será rezado no interior da capela, desde o início da mobilização da comunidade, que há cerca de dois anos conseguiu o tombamento do prédio. A capela encontra-se desativada para fins religiosos desde o início da década de 40, sendo que nos primeiros anos da década de 90, logo após a emancipação do município, foi usada como sede da Secretaria Municipal de Obras.
Para as representantes da sociedade civil organizada, “a abertura das portas da capela significa um marco do resgate histórico e cultural de Itatiaia”. Por isso, estão empenhadas numa ampla convocação da comunidade, cuja mobilização poderá contribuir para a preservação do prédio, que se encontra ameaçado pelo abandono. Apesar de algumas iniciativas da prefeitura, como o levantamento das necessidades para proceder a obras emergenciais, e a promessa de um projeto de restauração, essas providências vem sendo tomadas lentamente, permitindo que a capela tenha sua integridade cada dia mais comprometida.
As organizadoras desse primeiro Terço de 2010 esperam uma participação ampla da comunidade, reunindo tanto pessoas que lutam pela preservação da capela por devoção, como as que se interessam pelo seu aspecto histórico e cultural. Além desse encontro no dia 3 de janeiro, a Capela de Nosso Senhor dos Passos também será o tema de um fórum, organizado pelo Departamento de Cultura da SMEC de Itatiaia, visando discutir as providências para sua conservação e reunir informações para a elaboração do projeto de restauração.
Célia Borges

21 de dezembro de 2009

AGENDA CULTURAL – Arte coletiva no Papel Botânico de Maurício Rosa



“O Papel das Vilas” – Arte Coletiva no Papel Botânico de Maurício Rosa, é a exposição que será aberta ao público nesta terça-feira, 22 de dezembro, no Centro Cultural Visconde de Mauá, que a promove em conjunto com a Papelaria Artesanal MR Papel, em evento que terá início às 19h30. A mostra poderá ser visitada sextas, sábados, domingos e feriados, das 10 às 18, até o dia 21 de fevereiro próximo.
A exposição mostra a magia do Papel Botânico, e os trabalhos de Maurício Rosa, em harmonia com a arte de Beatrijs ´T Kindt, Bete Reis, Boi, Carlos BG, Carmem Flores, Cassia Freitas, Claudia Simões, Cristina Ayres, Cristina loureiro, Daleni, Fabio Genovesi, Fernando Fleury, Ione Haubrichs, Key Ferreira, Luiza Ramagem, Nívea Leite, Oscar Araripe, Pedro Ferreira, Roberto Campadello, Roberto Granja, Rodrigo Rosa, Tatiana Ratinetz e Viviana Merlo.
Também fazem parte da mostra a nova linguagem para as imagens fotográficas de Daniel Campadello, Darshana, Domitila, Carlos Guerreiro, Fabio Manegale, Fernanda Castellan, Gaby Sixn, Helena Lavigne, Juliana Mello, Ligia Skowronski, Marlene Lanfredi, Rainer Jacobi e Vivian Cury. A abertura da exposição contará com a poesia de Roseana Murray, e a ilustração de Elvira Vigna no livro “Variações Sobre Silêncio e Cordas”.
Célia Borges

17 de dezembro de 2009

IMAGENS DE ITATIAIA – Arquiteto busca informações para projeto de restauração da capela de Nosso Senhor dos Passos



O arquiteto Roberto Batista Reis, funcionário concursado e lotado na Secretaria Municipal de Educação de Itatiaia, informou ontem (15/12) que vem, há cerca de quatro meses, trabalhando num levantamento, que será a base para o desenvolvimento de um projeto de restauração e conservação da Capela de Nosso Senhor dos Passos. A capela, que é o prédio identificado como o mais antigo do município, e seu principal patrimônio histórico, encontra-se em estado de abandono, e com sua integridade ameaçada.
Segundo o arquiteto, nessa etapa do levantamento, ele está trabalhando em duas frentes: a primeira é a confecção do desenho técnico do prédio (planta baixa, corte e fachada), que já está em fase de conclusão; e a segunda, a pesquisa de todo o tipo de informação sobre o prédio, através de pessoas que tenham trabalhado nas obras de manutenção realizadas, devotos que freqüentaram a capela, e principalmente, na busca de fotografias antigas que possam servir de subsídio para a elaboração do projeto.
- “A colaboração da comunidade é muito importante para que possamos fazer um bom trabalho”, observa ele, constatando a falta de documentação histórica em que possa se basear, e que, na sua opinião, poderá ser compensada pelo menos em parte, através de depoimentos de moradores que conheceram e freqüentaram a capela. A contribuição decisiva para a reconstituição do projeto arquitetônico original e do interior do templo, que foi completamente destruído, poderá ser dada principalmente por fotografias, que ele vem buscando entre famílias antigas do município, na falta de um arquivo público municipal.
O projeto de recuperação e restauração da Capela de Nosso Senhor dos Passos, para Roberto Batista Reis, não é apenas mais um trabalho. Radicado em Itatiaia desde 1991, ele atuou na Secretaria de Obras da prefeitura, quando esta ocupava o prédio. Sua preocupação com a preservação da capela vem desde essa época, e ele lembra que, quando foi chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da prefeitura, entre 1992 e 1993, embora o assunto não fosse exatamente da sua competência, tomou a iniciativa de elaborar um relatório sobre a situação do prédio histórico, na expectativa de mobilizar o poder público para a solução do problema.
Nascido na cidade histórica mineira de São João Del Rey, Roberto formou-se em Barra do Piraí e estagiou dois anos na Fundação Pró-Memória, em Vassouras, alimentando aí sua sensibilidade e vocação para as questões do patrimônio histórico. E embora o trabalho na SMEC de Itatiaia o tenha levado para outro tipo de atividade – a reestruturação das unidades de ensino – seu interesse permaneceu, inclusive através de relações de amizade, como a que mantém com Isabel Rocha, do escritório técnico do IPHAN em Vassouras. Estudiosa em cerâmica antiga, ela já demonstrou interesse em analisar os tijolos da capela, além da consultoria que já vem dando através das atividades regulares do próprio IPHAN.
O arquiteto, que vem acumulando suas tarefas normais com o projeto da capela, observa que, antes da reforma e restauração do prédio, vem trabalhando prioritariamente num relatório de orientação para as obras emergenciais, visando a conservação desse bem público, enquanto o projeto completo precisará ser elaborado numa etapa posterior, dentro das normas técnicas indispensáveis à situação. Para atender à ambas as necessidades, ele está produzindo um “mapa de danos”, definindo metro por metro, todos os problemas encontrados, como as infiltrações, rachaduras, e ocorrência de fungos, entre outros. Isso implica em identificar, inclusive, as obras de conservação e remendos, realizados sobre o prédio original.
Segundo ele, o IPHAN deu parecer informal de que as obras emergenciais podem ser executadas pela prefeitura, já que o tombamento é municipal. Mas está sendo encaminhado um ofício ao instituto, para que essa anuência possa ser dada de forma oficial. Ao mesmo tempo, a prefeitura vem buscando recursos para essas obras emergenciais, que são principalmente a limpeza das calhas, a retirada das árvores do telhado, a substituição de telhas, troca de algumas madeiras e outras providências que garantam sua conservação, até a conclusão do projeto e o início das obras de restauração.
O arquiteto diz ainda que, no momento, é impossível definir o custo da restauração, já que um levantamento mais detalhado dos danos e das necessidades, vai depender inclusive dessas obras emergenciais, quando será possível colocar andaimes, por dentro e por fora do prédio, e assim observar mais de perto a situação de cada parte da capela. Todos esses dados precisam constar do projeto, assim como as propostas para os materiais de acabamento (madeiras, pisos e outros aspectos arquitetônicos) e do mobiliário (altar, escadas, jirau do coro e bancos, por exemplo). O custo de cada um desses detalhes, no momento da obra, é que vai determinar o orçamento.
Enquanto aguarda o início das obras emergenciais, e as condições para concluir seu levantamento visando a elaboração do projeto de restauração, o arquiteto vem desenvolvendo, em parceria com os arquitetos Felipe e Sergiane Castaño, uma maquete eletrônica, com os dados já disponíveis projetados sob a perspectiva do que pode e precisa ser feito para a recuperação da capela. As novas informações podem ser acrescentadas no decorrer do trabalho, até o projeto final.
- “No momento, trabalhamos com que está disponível para a conservação do prédio. Mas para a elaboração de um projeto de restauração, o que vamos precisar é de toda a informação possível, principalmente através de fotografias”, conclui ele, lembrando que a participação e a colaboração da comunidade do município podem fazer grande diferença para que Itatiaia possa ter, no futuro, um patrimônio à altura da sua história.
Célia Borges

ALDEIA GLOBAL – Copenhage e a natureza do nosso próprio quintal



Enquanto as autoridades dessa nossa aldeia global se degladiam em Copenhage, para estabelecer normais internacionais visando controlar a degradação do meio ambiente, e preservar o planeta diante das cada vez maiores ameaças de desastres naturais, a maioria de nós segue alheia, na inocente irresponsabilidade de achar que não tem nada com isso, ou, no caso dos nossos governantes, usando as questões ambientais como mero “marketing” eleitoral, e exercendo sua culpada irresponsabilidade.
Falando sério, é claro que pouco podemos fazer sobre o que se discute em Copenhage. Mas se olharmos à nossa volta, começando pela nossa casa, pela nossa rua, pelo nosso bairro, pela nossa cidade, talvez encontremos alguma, ou até muita coisa a fazer em defesa do meio ambiente. Temos arbítrio, e podemos tomar atitudes, começando pela destinação do nosso próprio lixo. Existem mecanismos de reciclagem, que só não são mais eficientes porque falta consciência, participação e condicionamento, via educação ambiental, da comunidade.
Eu cito o lixo, para começar, porque é uma questão que pode ser trabalhada de forma individual e comunitária. A coleta seletiva pode ser feita em casa, no prédio, no quarteirão, ou através de uma associação de bairro. Quanto mais pessoas e unidades habitacionais envolvidas, maior a chance de sucesso da iniciativa. Já existe uma coleta organizada para restos de óleo de cozinha, por exemplo, e diversas instituições como a APAE, que recolhem e usam o lixo reciclável como fonte de renda. São pequenas providencias que dependem do cidadão, e que podem fazer grande diferença no volume e qualidade do lixo de um município.
Cuidar do próprio lixo corresponde à um tipo de consciência ambiental, que pode ter desdobramentos, como a de promovermos a reciclagem dentro da própria casa, aprendendo a reaproveitar e assim, a economizar. Atentos, podemos aprender novas e melhores formas de fazermos isso. Vivendo e agindo dentro desse conceito, podemos dar exemplos, e influenciar o comportamento dos nossos familiares, parentes e vizinhos. Observando soluções, e divulgando-as, podemos estar fazendo parte de uma “corrente do bem”, da qual, no futuro, pode depender a nossa própria sobrevivência. Ou a dos que seguirão depois de nós.
A consciência ambiental será tão mais sólida quanto começar em nossa própria casa. Mas ela também precisa se expandir para além dos nossos muros e paredes, e alcançar as nossas ruas e nossos bairros. Nossos municípios e estado. Porque a cada dia somos cúmplices, embora geralmente inconscientes, dos mais diversos crimes e irresponsabilidades contra a natureza. Vemos pessoas caçando e mantendo pássaros em cativeiro, e há gente que acha isso muito natural. Jogamos lixo na rua ou varremos das calçadas para os bueiros, sem pensar no que isso pode resultar. As árvores das nossas ruas estão infestadas de erva-de-passarinho, definhando e provocando riscos, mas passamos por elas sem nem ao menos um segundo olhar.
Olhando um pouco além dos nossos bairros, numa visão geral dos nossos municípios – Resende, Itatiaia, Quatis e Porto Real – podemos ver uma sequência de morros e montanhas nuas de vegetação, herança do “ciclo do café”, que se extinguiu há mais de cem anos. Há 25 moro por aqui, e pouco mudou nessa paisagem. Especialistas em meio ambiente, por aqui existem muitos. Eles se revezam em cargos no poder público – municipal e até estadual – e no comando de organizações e desorganizações não governamentais. Participam de congressos, dão entrevistas nos jornais. Podem ser grandes mestres na teoria de salvar o meio ambiente, mas eu ainda estou à espera de um, apenas um, que me mostre uma iniciativa de resultados, um projeto de reflorestamento que tenha sido relevante, a história de uma única árvore plantada. Temos mestres em teoria, mas nada vai resultar em prática, enquanto o cidadão, através da comunidade, não souber manifestar o que quer, e exigir o que é preciso.
Pode ser que em Copenhage as autoridades do planeta tomem alguma decisão importante. Mas nada do que eles decidirem lá vai ser tão relevante para o meio ambiente, quanto a atitude de cada um de nós, cuidando do nosso lixo, da nossa rua, do nosso bairro, do nosso município...
Célia Borges (em homenagem à Fátima Porto)

14 de dezembro de 2009

IMAGENS DE ITATIAIA – Patrimônio histórico e cultural ameaçado







Apesar de ter muito pouco do que pode ser chamado “patrimônio histórico”, o município de Itatiaia ainda possui alguns bens, inclusive centenários, cuja preservação é de interesse cultural. A maioria do que poderia merecer esse adjetivo, já foi posta abaixo há muito tempo. Os que ainda resistem são, principalmente, a capela de Nosso Senhor dos Passos e a Chácara Pequenina, ambas na Rua São José, ao final da qual se encontra a Praça Mariana da Rocha Leão, endereço da Igreja Matriz de São José e do Paço Municipal Campo Belo, sede do governo municipal. Nesse “eixo histórico” encontra-se também a antiga usina de leite, atual sede do poder Judiciário, mais recente, mas na faixa dos 100 anos.
A capela de Nosso Senhor dos Passos foi tombada há poucos anos, e infelizmente, por mais incrível que isso possa parecer, ainda há gente em Itatiaia que pensa que um prédio “tombado” é aquele que se deve demolir. Ou, simplesmente, “deixar cair”. Pode parecer piada, mas em se tratando de Itatiaia, isso é a mais pura verdade. E o pior é que as autoridades entraram na onda da ignorância geral, e parecem estar dispostas mesmo a “deixar cair”, e depois disso apelando, talvez, para o “eu não sabia” ou o “não tenho nada a declarar”...
A luta pela preservação e recuperação da capela de Nosso Senhor dos Passos, construída por empenho de D. Mariana Rocha Leão à partir do final do século XIX, não é recente, e já contou com outras iniciativas, sempre frustradas pelo desinteresse do poder público. Logo após a emancipação, por falta de locais adequados para a instalação das repartições públicas necessárias ao funcionamento do primeiro governo, ela abrigou a Secretaria Municipal de Obras, o que contribuiu para a total descaracterização de seu interior, que aliás, na época, já se encontrava bastante comprometido.
As condições precárias do prédio levaram à sua desocupação, e por falta de uma consciência histórica das administrações seguintes, a um estado de completo abandono. A capela foi alvo de constantes invasões, inclusive para a prática de atividades anti-sociais. Como solução provisória, passou a servir como depósito de materiais descartados pela Secretaria Municipal de Educação, situação em que se encontrou até há poucos meses. As providências para salvar a capela de Nosso Senhor dos Passos, entretanto, estão demorando, o que pode, num futuro próximo, transformá-la em ruínas.
Os primeiros passos vitoriosos no sentido de garantir a preservação da capela de Nosso Senhor dos Passos foram dados há cerca de três anos, por um grupo de mulheres do município, reunidas em torno da OFRA – Organização Fraterna Pró Humana – e que passaram a promover um encontro mensal nas escadarias da capela, no primeiro domingo do mês, para rezar o Terço, e assim manter viva a tradição religiosa em torno dela. Sob a inspiração religiosa da conhecida "Vó" Solange do Cantinho de Oração e suas auxiliares,e contando com a cultura e os conhecimentos técnicos de Neusa Saúde, Auditora Fiscal aposentada da Receita Federal, um grupo cada vez maior de itatiaienses passou a se mobilizar, e finalmente dar contornos objetivos à essa luta.
Um abaixo-assinado, com cerca de duas mil assinaturas, foi o ponto de partida para uma campanha que, depois de dezenas de reuniões, marchas e contra-marchas, resultou na aprovação pela Câmara Municipal, do decreto de tombamento apresentado pelo vereador Zezinho Penepão. O tombamento da capela foi uma vitória, mas o objetivo dela, de garantir a preservação do velho prédio, ainda está longe de ser concretizado. Se por um lado já houve, no atual governo, a boa notícia de uma dotação financeira de R$ 200 mil, através de emenda no orçamento da União pelo deputado Deley, para as obras necessárias, por outro lado, medidas simples como a desocupação do prédio, do entulho que ali se acumulava, demorou quase oito meses.
Outras providências emergenciais, que poderiam contribuir para a conservação da capela, como limpeza regular e pequenos reparos, não estão sendo realizadas. E a comissão de mulheres, que pretende lutar pela capela, até a conclusão de sua restauração e recuperação, está sendo cada vez mais isolada pela administração, que parece considerar a salvação de seu único prédio que realmente pode ser considerado patrimônio histórico, assunto sem a menor prioridade. Mais fácil tem sido sensibilizar instituições de fora do município, como a Fundação Roberto Marinho, que já se mostrou interessada em patrocinar o projeto, desde que disponha da documentação necessária. O que, afinal, também depende da prefeitura.
A luta tem sido árdua, mas as mulheres de Itatiaia que se esforçam pela preservação da capela de Nosso Senhor dos Passos são incansáveis. No Terço de dezembro, realizado nesse domingo, dia 6, elas já conseguiram se reunir para rezar dentro do templo, uma reivindicação que faziam há meses. Semanas antes haviam conseguido a chave, para elas mesmas fazerem a limpeza, e agora deixaram lá, montado, um pequeno e ainda provisório altar.
Enquanto aguardam por atenção e resultados, elas seguem com seus trabalhos, nas muitas frentes em que vêm atuando, inclusive no aspecto da pesquisa histórica, como por exemplo na busca de fotos antigas que possam mostrar como era a capela, em seu interior. É um subsídio importante para a elaboração de um projeto de reconstituição, já que é impossível restaurar o que não existe mais.
Célia Borges

4 de dezembro de 2009

ALDEIA GLOBAL – Que país é esse?



Não satisfeitos com a vergonha interna, descemos mais um degrau, e estamos dando vexame à nível internacional. A ignorância do nosso presidente agora é servida nas finas bandejas de prata e nos copos de cristal dos eventos externos, temperada com a mesma desfaçatez que nos empurram goela abaixo dentro do próprio país. Embriagados com o sucesso fácil de uma política interna populista, nossas autoridades querem levar sua visão estreita além de nossas fronteiras, na ilusão de poderem enganar os “trouxas” lá de fora, como enganam os daqui.
Quem votou no Lula acreditando estar elegendo o presidente de um país, enganou-se. O presidente preside apenas algumas parcelas da população. Sem qualquer referência cultural do que seja um estadista, ele tem deixado claro, desde o início, que quer ser o “prisidente” dos pobres, dos miseráveis, dos negros, dos gays, e de outras minorias. O resto da população, em seu conceito, não precisa de presidente. Já tem vencimentos suficientes para sobreviverem sozinhos. E que se danem, pagando os maiores impostos do mundo.
O partido no poder é o Partido dos Trabalhadores. Mas nunca antes na história desse país, o trabalho e o trabalhador foram tratados com tanto descaso, com tanto preconceito, com tanta arbitrariedade. Nossos impostos servem para pagar a mordomia dos poderosos – executivos, legislativos e judiciários – e para sustentar programas clientelistas, como Bolsa-Família e outras bolsas oportunistas. Educação, saúde, meio ambiente, se não estão satisfatórios, se nunca tem os recursos necessários... ah! Isso é culpa da classe média. E agora me explica quem é a classe média, se não a classe dos trabalhadores.
O trabalhador, seja da ativa ou aposentado, que sustenta ou sustentou o país com seus esforços, só tem deveres. Seus direitos vêm sendo cada dia mais usurpados, em benefício de interesses financeiros e empresariais: os bancos, com tarifas e juros exorbitantes; planos de saúde que pagamos além da previdência oficial, com seus prazos de carência, chantagens por faixa etária, e outros desmandos; concessionárias de serviços públicos, como transporte, luz, gás, água e telefonia, sempre funcionando abaixo do razoável; e finalmente, mas não por último, a própria Receita Federal, que nos trata como se fossemos uma população de marginais sonegadores, enquanto nos sufoca com índices de agiota e uma legislação que é uma verdadeira armadilha para incautos.
O Brasil multi-racial e democrático, não interessa àqueles para quem “perpetuar-se no poder tornou-se mais importante do que construir uma nação”, como definiu muito bem César Benjamim, em recente e brilhante crônica na Folha de São Paulo. Entre nós, a política virou apenas mais um braço da criminalidade. Todos os crimes podem ser cometidos e justificados, quando e onde há a garantia da impunidade. Nossa “Santidade Presidencial”, que já se considera figura tão messiânica quanto Jesus Cristo, embora sua atuação possa ser melhor comparada com a de um Hitler, consegue, em sua suprema benevolência, ser solidário com a mais vasta gama de corruptos, de Paulo Maluf à Fernando Collor, passando, é claro, por toda a arrogante “nação petista”.
O slogan “Brasil, um país de todos”, só pode ser uma ironia, além de pura hipocrisia. A política que nos é imposta, de cima para baixo, se esmera em produzir uma – ainda que falsa – visão maniqueísta do país, incentivando o preconceito racial – negros contra brancos -, a luta de classes – pobres contra ricos – e até dissenções de caráter sexual – gays contra hetero. Dividir para vencer, esta é a infância da arte da guerra. Mas de governos que abandonaram a educação, que desdenham da cultura, que ridicularizam a cidadania, não se pode esperar mesmo uma postura madura e democrática, só um comportamento irresponsável e infantil. Diante de uma população em que ser alfabetizado significa saber assinar o nome, isso, aliás, fica muito fácil.
Não sei bem onde é que andam os jornalistas estrangeiros que atuam no Brasil, que não conseguem desvendar aos olhos do mundo a nossa triste realidade. Talvez porque, para um mundo globalizado, as cifras tenham mais visibilidade do que as pessoas, do que as verdadeiras condições de vida de toda uma população. E assim, está sendo bem fácil enganar “os gringos” até agora. Enfim, os balões são ocos, mas podem crescer muito, quando estão cheios de gás. Acontece que gás demais infla a forma, mas não preenche o conteúdo. O nosso “balão cheio” está se tornando cada vez mais espaçoso no cenário internacional, mas vai ao mesmo tempo revelando a leviandade, a falta de critérios, a vocação autoritária, que nos leva a apoiar publicamente, e mesmo contra a vontade da população consciente do país, figuras como Fidel Castro, Hugo Chaves e Ahmadinejad.
Que a maioria da população do país, mantida na semi-escolaridade, e na ignorância dos seus mais básicos direitos civis, possa ser enganada por tanto tempo, não é exatamente surpreendente. Eu quero ver é se esse balão cheio vai enganar a comunidade internacional, muito cônscia de suas responsabilidades, sintonizada com as perspectivas históricas, e preocupada com coisas mais importantes do que a vaidade de um “pseudo-líder” continental, por muito tempo. As nossas gafes internacionais se sucedem com grande velocidade, e desde que o tal do presidente culpou os “loiros de olhos azuis” pela crise econômica, outros absurdos já devem ter ligado o sinal de alerta, para os riscos dessa política externa brasileira. Só nos resta rezar para que eles acordem á tempo. E que tenham a lucidez de não confundir os desmandos de presidentezinho oligofrênico, com a opinião pública de todo o país.
Célia Borges

2 de dezembro de 2009

LIVROS – Margaret Mee e as Flores da Floresta Amazônica



Para os amantes da natureza, principalmente os apaixonados por orquídeas e bromélias, o nome de Margaret Mee dispensa apresentações. Inglesa, com formação em artes plásticas, ela se apaixonou pelo Brasil numa viagem à São Paulo para visitar uma irmã, e aqui radicou-se - primeiro em São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Unindo seu extraordinário talento artístico, ao conhecimento de botânica que foi adquirindo no decorrer de seu trabalho, ela realizou diversas expedições à floresta amazônica, reproduzindo suas flores em detalhes, e no próprio “habitat” natural, e agindo sempre com extremo cuidado na preservação desses espécimes.
O resultado dessas viagens foram alguns milhares de desenhos e aquarelas, que fazem parte de importantes acervos de museus e instituições de pesquisa, principalmente na Inglaterra, e que já foram publicados em diversos volumes, para o encanto de seus admiradores.
Sua primeira viagem à região amazônica foi feita em 1956, quando ela contava 47 anos. Loira, de estatura pequena e aparência franzina, ela foi entretanto uma corajosa pesquisadora, que não se intimidou com as condições adversas, com o desconforto e o perigo, para realizar estudos botânicos que jamais foram igualados. Durante 32 anos ela realizou várias viagens à Amazônia, sendo a última em 1988, aos 79 anos, e então apoiada numa bengala, em conseqüência de um problema na bacia, resultante de uma queda.
Amiga de Burle Marx, ela foi aclamada ao mesmo tempo por autoridades em botânica quanto por críticos de arte. Ela estudou botânica com o especialista em orquídeas Guido Pabst e com Richard Evans Schultes. Ela identificou nove novas espécies de plantas anteriormente desconhecidas, sendo que algumas foram batizadas em sua homenagem, como a Aechmea meeana e a Neoregelia margaretae.
Uma das edições mais acessíveis sobre o trabalho de Margaret Mee é o volume Flores da Floresta Amazonica, reunindo sessenta de suas principais obras, e com desenhos adicionais. Um belo volume em capa dura, pode ser uma excelente sugestão para presente de Natal, e encontra-se á venda na Livraria Nobel, do Resende Shopping, por apenas R$ 99,00.
Célia Borges

29 de novembro de 2009

ALDEIA GLOBAL – A vitória da estupidez



A inversão de valores que vem tomando conta da nossa vida prática, nos últimos anos (ou seriam décadas?) tem sido motivo de muitas das minhas crônicas anteriores, mas que depois de publicadas, me deixaram com a desconfortável impressão de estar falando sozinha. Por isso, foi um grande consolo encontrar n´O Globo de 24 de novembro, uma crônica do Arnaldo Jabor, “A burrice na velocidade da luz”, onde enfim encontrei afinidades com muitas das minhas impressões e preocupações.
Jabor leva sua análise ao nível mundial, o que é muito apropriado, já que vivemos numa aldeia global, de tal forma que o que acontece num determinado país, acaba afetando todos os demais. “A burrice mais crassa toma o poder no mundo”, escreve ele, na abertura dessa crônica cuja leitura recomendo a todos, embora sem muita esperança a que me dêem ouvido. Eu ainda estou naquele nível do “se queres mudar o mundo, começa pela sua própria casa”. Então, a vitória da estupidez no meu próprio país, ainda é o que mais me assusta.
Não tenho pretensão de ser mais inteligente do que ninguém, mas sou alguém que dá muito valor á inteligência. Entendo a inteligência como um processo dinâmico, através do qual nossas capacidades intrínsecas são alimentadas por informação e conhecimento. Sei que existem multidões de pessoas inteligentes pelo país afora, gente que estuda, que aprende, que exerce seu ofício com empenho e competência. Mas também vejo com perplexidade que essas multidões de inteligentes estão cada vez mais omissas, quando de trata dos problemas coletivos, e das conseqüências de uma política que compromete os princípios democráticos que deveriam reger a nossa vida, e o nosso próprio futuro.
Covardia, é a primeira palavra que me vem à mente, quando abro o meu jornal de cada dia. Covardias ativas, daqueles deputados e senadores que legislam em causa própria, dos juízes que vendem sentenças, de um presidente da República que não admite críticas, e que berra publicamente, sem a menor compostura, chamando aqueles que discordam dele justamente dos adjetivos que ele próprio merece. E covardia passiva, daqueles que tem os meios e a capacidade de reagir, mas que permanecem calados, conformados com a usurpação dos seus direitos de cidadão, inertes diante do desrespeito aos direitos de toda a população.
A covardia coletiva toma contornos de uma doença social. Ela é ao mesmo tempo causa e efeito de uma preguiça mental, que nos remete à alegoria de Macunaíma. Ela é cúmplice da falência do nosso sistema educacional, que atualmente é muito mais eficiente em perpetuar a ignorância, do que promover o saber. É ela que nos impede de cobrar melhores salários para os professores, melhor investimento em formação, de exigir escolas minimamente decentes, capazes de motivar os estudantes para darem valor ao conhecimento.
Também é a covardia que nos imobiliza, diante da incompetência, da corrupção e da arrogância de um sistema judiciário, pra lá de falido. Ministros e desembargadores, nomeados para altos cargos pelo poder executivo, acabam lacaios, reféns dos interesses de quem os indicou. O desempenho do judiciário brasileiro está abaixo de qualquer crítica, mas seus representantes estão sempre mais interessados em garantir freqüentes aumentos dos seus salários, antes de estarem comprometidos com os anseios, necessidades e exigências da população que paga seus exorbitantes vencimentos.
Sem educação e sem justiça, o que nos espera? Embora muitos ainda não se dêem conta, estamos mergulhados até o pescoço num mar de estupidez. Num país que parece precisar de um sistema de cotas para garantir acesso aos “negros” no ensino superior, matéria dessa semana nos jornais, nos informa que existem mais de um milhão de vagas ociosas nas nossas universidades. Outra matéria revela um parecer do STF, segundo o qual 1/3 das nossas leis é inconstitucional. Mas o que se pode esperar de um legislativo, formado por pessoas de quem não se exige mais do que saber assinar o nome?
A estupidez gera a irresponsabilidade, a falta de compromisso. Afinal, ela é protegida pela impunidade. Impunidade essa que alimenta a violência, a corrupção, o vandalismo. E assim, sobrevivemos um círculo vicioso, com os oportunistas tomando o poder de assalto, e fazendo de suas permanências no poder o único objetivo. Para o povo, pão e circo. E para os inconformados, o ostracismo. Críticas não são bem vindas, pensar é tanto um crime quanto um pecado. Até artistas famosos, como o Caetano Veloso, podem ser apedrejados por falarem o que pensam. E os cidadãos comuns, como eu, quando dizem ou escrevem o que pensam, falam sozinhos. Ou correm o risco de serem segregados socialmente, relegados à categoria dos “chatos”.
A inteligência anda envergonhada, diante do avassalador poder que vem sendo conquistado pela burrice e pela estupidez. Como escreveu o Jabor, “É a vitória da testa curta, o triunfo das toupeiras. Inteligência é chata – com seus labirintos. Inteligência nos desampara; burrice consola e explica. O bom asno é bem-vindo, o inteligente é olhado de esguelha. Na burrice não há dúvidas. A burrice não tem fraturas. A burrice alivia – o erro é sempre do outro.”
Célia Borges

27 de novembro de 2009

DEZEMBRO ANIMADO NA OKA TIMBURIBÁ

A Oka Timburibá, um dos mais ativos e dinâmicos centros culturais de Resende, e que fica ali no centro antigo, ao lado do CCRR, está divulgando a sua agenda cultural para dezembro, com programações de cinema, artes plásticas, feira cultural e cursos livres.
Quem quiser aproveitar o programa do Ponto de Vídeo, ainda pode assistir, nessa terça, dia 1º de dezembro, às 15 horas, o filme Pra Frente Brasil. Nos dias 3 e 4 de dezembro tem a 1ª Mostra de Curtas, com filmes de ficção, e nos dias 11 e 12, filmes documentários, com sessões sempre às 17 e às 19 horas.
Ainda em exposição até o dia 5 de dezembro, estará aberta ao público a retrospectiva de Laurens L.R., e à partir do dia 5, e até o dia 12, a Feira Moderna, das 10 ás 15 horas, com comidas, artesanato, escambo e antiguidades.
Na série de cursos livres Saber Timburibá, a programação é a seguinte: dias 1 e 2 de dezembro, Artes com Thiago Gomes, “A gravura na arte contemporânea”; dias 3 e 4, Economia, com Fernando Ferreira em “O dia a dia e a política cambial”; dias 7 e 8, Meio Ambiente com Rogério Vianna Pereira, “Economia e Desenvolvimento Sustentável”; e nos dias 10 e 11, Filosofia, com Angela Alhanati, em “A Felicidade e um caminho ou um fim a ser alcançado?”. Todos na Oka, às 19h30. Aproveitem!!!!
Célia Borges

AGENDA CULTURAL – Geraldo Lopes lança CD no Centro Cultural Visconde de Mauá



Neste sábado, dia 28 de novembro, o compositor, músico e escultor Geraldo Lopes estará lançando seu CD “Geraldo Lopes”, no Centro Cultural Visconde de Mauá, à partir das 19h30, com muita roda de viola.
Artista múltiplo da terra, Geraldo vem desenvolvendo um trabalho intuitivo, de esculturas rústicas de madeira, composições musicais e habilidades instrumentais, com um belo violão de cedro, entalhado por ele mesmo.
O Centro Cultural Visconde de Mauá está convidando também para a abertura do seu tradicional Bazar de Natal, na terça-feira, dia 1º de dezembro, com um delicioso café da manhã e a apresentação do Terno Folia de Reis.
Célia Borges

25 de novembro de 2009

ALDEIA GLOBAL – O governo caminha rápido para legalizar o calote oficial



Se você, cidadão, deve algum dinheiro, seja uma prestação, um empréstimo bancário ou um imposto, terá que pagar, sob as penas da lei. Se atrasar, pagará com juros, multas e o que mais o seu credor puder impor. Se não puder pagar, perderá o crédito, perderá seus bens, e até, em casos extremos, vários tipos de liberdade, como o direito de viajar, por exemplo, se estiver devendo Imposto de Renda.
O rigor que é aplicado ao cidadão, entretanto, passa longe do Poder Público. Os governos, e em todos os níveis –federal, estadual ou municipal – já vêm há algumas décadas, usando de todos os artifícios possíveis, para protelar o pagamento de suas dívidas. Se governos deixam de cumprir seus compromissos com o cidadão – o que é muito mais comum do que a maioria acredita – obrigam-no a apelar para a Justiça. Depois de enfrentar a proverbial morosidade do Judiciário, se a causa é justa, o reclamante pode até ganhar. Mas isso não será a solução do seu problema, mas o início de um outro, ainda mais difícil de resolver.
As dívidas judiciais são transformadas em precatórios. E ter precatório a receber corresponde, geralmente, a ser condenado a um confisco disfarçado. Em primeiro lugar, o pagamento de precatórios pode levar décadas. Em segundo, seus valores nunca serão atualizados pelos valores de mercado. E aquele processo que você ganhou não vai significar nada, se não continuar pagando advogados, para garantir seu pagamento. Além de não receber o que lhe devem, você vai ter que continuar gastando, para manter viva a esperança de um dia receber o que lhe é de direito. Advogados cobram a famigerada “manutenção do processo”, o que significa ficar duplamente refém de um sistema judiciário incompetente e usurário.
Mas o governo acha que isso é pouco. Atualmente, as dívidas são proteladas por, em média, 10 a 15 anos. Por isso, tramita no Congresso, já aprovada pelo Senado e em fase de votação na Câmara, a chamada PEC do Calote - Emenda Constitucional 351 - que vai permitir aos governos parcelarem suas dívidas em até mais de 30 anos. O que, traduzindo para a realidade do cidadão, pode significar nunca receber o que lhe é de direito. E aliás, a finalidade do governo é essa mesma, dar um jeito de não pagar nunca. De deixar o cidadão “à ver navios”.
Acostumados a não pagar o que devem, os governos deixaram suas dívidas judiciais atingirem proporções estratosféricas. Dessa forma, se justificam, dizendo que “não há dinheiro para pagar”. Uma estimativa modesta situa essa dívida em R$ 100 milhões. Não há dinheiro para pagá-la, mas há dinheiro para tanta coisa inútil e desnecessária, que nem vou me dar ao trabalho de enumerar. Deixo isso á cargo do leitor. Mas quero lembrar que perdoamos dívidas de governos de outros países, pagamos ao FMI, vendemos combustível e energia a preços subsidiados. Autoridades dos três poderes se locupletam no luxo das mordomias que pagamos, além de seus altos salários. Mas para pagar o que se deve ao cidadão... ah! Para isso, nunca há recursos suficientes.
O caso do governo do Estado do Rio de Janeiro é um dos mais vergonhosos. Estamos no final de 2009, e há precatórios de 1997 que ainda não foram pagos. A crueldade oficial chega ao requinte de fazer acordo com o credor, tira-lo da lista dos precatórios, e simplesmente não cumprir o acordo, deixando o credor numa espécie de “limbo” judicial, onde a cumplicidade do executivo com o judiciário do estado, condena o cidadão como se ele fosse o culpado. A autoridade assina o acordo, e antes de pagar, denuncia a cobrança como “excessiva”. E durma-se sem a esperança de ver seu dinheiro transformado em realidade.
Um bom exemplo disso é o processo de um grupo de pensionistas, encabeçado pela Sra. Vera Lutherbach , em busca de pensões alimentícias não pagas no governo Brizola (1990), iniciado em 1991, e ganho em última instância em 1995. Inscrito nos precatórios de 1997, tirado da lista num falso acordo de 2003, até hoje suas autoras não receberam o que lhe devem. Autoras que são todas senhoras idosas, e das quais cerca de metade já faleceu até 2009. Morrer sem receber o que lhe devem, essa é a expectativa que resta para quem espera por justiça no Brasil.
O mais assustador de tudo isso é a omissão da sociedade, e até mesmo da imprensa, diante de tal arbitrariedade. É preciso notar, entretanto, que a tal da PEC do Calote traz em seu bojo uma crueldade ainda maior. Isentos da obrigação de pagar o que devem ao cidadão credor, os governos vão se sentir ainda mais à vontade para não cumprir suas obrigações. Não pagam, e os insatisfeitos que reclamem na Justiça. Se essa lei for aprovada, aí mesmo é que eles não vão ter que pagar.
A cumplicidade entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, cria monstros como a PEC do Calote. E àqueles que acham que não tem nada a ver com isso, é bom lembrar que um dia algum governo pode lhe lesar, e aí talvez seja tarde, e você nem tenha como reclamar. Desapropriações, pensões alimentícias, indenizações por qualquer tipo de dolo oficial, tudo isso vai cair no buraco negro das dívidas que os estados poderão parcelar indefinidamente.
Afinal, o dinheiro dos governos vale muito. E os direitos do cidadão não valem nada.
Célia Borges

PIKKUJOULU – Clube Finlândia convida para o seu Pequeno Natal


Neste sábado, dia 28 de novembro, o Clube Finlândia estará promovendo uma das festas mais tradicionais da colônia finlandesa no Penedo, o Pikkujoulu, o Pequeno Natal. A ampla programação, que começará às 17 horas, inclui a dança dos duendes, com as crianças da localidade, e a chegada do Papai Noel. Também está previsto um concerto de violão, com Hélio Ribeiro, antecedendo o tradicional baile, às 21 horas.
A programação completa do Pikkujoulu desde ano é a seguinte: 17 horas – culto de Natal com o pastor Tapio Leskinen; 18 horas – Dança dos Duendes, com a presença de Papai Noel; 19 horas – Riisipuuro, o lanche com o tradicional prato de natal; 20 horas – Concerto de violão de Hélio Ribeiro; 21 horas – início do tradicional baile.
Os ingressos para não sócios estão à venda no Museu Finlandês Dona Eva, a R$ 10,00 para adultos e R$ 5,00 para crianças e idosos. O prato de natal será servido à R$ 10,00 para não sócios. O concerto de Hélio Ribeiro incluirá obras de Piazzola, Bach, Albeniz, Villa Lobos, Baden Powell, Vinicius de Morais, Cartola, Leo Kotke, Steve Howe e do próprio violonista.
Célia Borges

AGENDA CULTURAL: Flávio Porto expõe na Oka Timbutibá



Um dos mais expressivos artistas jovens de Resende, Flávio Alex Porto, inaugura nesta quinta-feira, 26 de novembro, às 19 horas, mais uma exposição, dessa vez na Oka Timburibá. A mostra reúne mais de quarenta trabalhos, entre aquarelas, nankins e desenhos, além de esculturas baseadas na reciclagem de materiais, e ficará aberta ao público até 17 de dezembro, de segunda à sexta, das 14 às 20 horas.
Flávio, de 14 anos, que acaba de concluir a oitava série no Colégio Anglo, estreou em outubro passado, com exposição individual no projeto Câmara Cultural, promovido pela Câmara Municipal de Resende, na programação dedicada ao mês da criança. Um sucesso de público, com mais de 150 visitantes assinando o livre de presença, a mostra teve também boa aceitação da imprensa, com inúmeras publicações e comentários.
Flávio Alex Porto começou a desenhar aos cinco anos, mas passou a dedicar-se mais às artes plásticas à partir dos dez. Foi aluno de “mangá” com o professor Matsumoto e fez aulas também com Thiago Gomes, mas recentemente optou por desenvolver um estilo próprio, que procura desenvolver, explorando várias técnicas. Alguns de seus trabalhos estão também no acervo do Projeto Desperdício Zero, em exposição itinerante na região.
Célia Borges

23 de novembro de 2009

Desperdício Zero lança a mostra "Nada se Perde, Tudo se Transforma"


O Projeto Desperdício Zero estará lançando, nessa quarta-feira, dia 25 de novembro, a sua II mostra de arte e artesanato com materiais recicláveis, “Nada se Perde, Tudo se Transforma”, exposição itinerante que começará no Recanto 21 – Arte, Cultura e Lazer, no município de Quatis, com abertura às 17 horas. Nos próximos meses a mostra deverá ser apresentada nos demais municípios da região, como Porto Real, Itatiaia e Resende, estando desta vez no roteiro, também o município de Arapeí, SP.
Segundo a curadora do projeto, Fátima Porto, os artistas participantes, além dela própria, serão João Sabóia, Wendell Amorim, Fernando Fleury, Tatiana Ratinetz, Tiago Gomes, Kátia Quirino, Marcius Lima (in memoriam), Arcanjo, Carmem Gardoni, Flávio Porto, Liliam Mariana, Nádia Nelson, Aniele Carraro e Denir Micolini. Ela esclarece que, no decorrer do roteiro, novos trabalhos poderão ser aceitos, enriquecendo o acervo.
A exposição ficará aberta ao público do dia 26 de novembro a 6 de dezembro, de segunda à sábado, das 9 ás 11h30 e das 14h às 16h30. O agendamento para visitas de grupos e escolas poderá ser feito pelos telefones (024) 3353-6091 ou 9903-9774. No dia 6 o Projeto Desperdício Zero estará se apresentando em associação com a Feira da Roça de Quatis, em cujo Ponto de Cultura serão expostos os trabalhos das oficinas do projeto, realizadas no decorrer da primeira mostra.
Célia Borges

21 de novembro de 2009

ROBERTO DONATI – Um resumo biográfico possível


O nome de Roberto Donati é frequentemente associado ao do pintor Alberto da Veiga Guignard, por ter esse genial artista vivido em alguns períodos, entre 1940 e 1944, no Hotel Repouso, em Itatiaia, de propriedade de Donati, de quem era grande amigo. Ali, recuperando-se de problemas de saúde e encontrando abrigo para enfrentar as dificuldades financeiras, Guignard teve um período extremamente produtivo, do qual ainda se conhecem alguns quadros.
Donati foi amigo de muitos artistas – compositores, músicos, cantores líricos, romancistas, poetas e pintores – que freqüentaram o seu hotel desde 1931, quando foi inaugurado, mas as referências biográficas sobre ele mesmo são raras. Há um esforço de pesquisa sendo realizado para recuperar documentos, já que a maioria das informações que se pode obter, são resultado de lembranças de pessoas que conviveram com ele.
Roberto Donati nasceu em Berlim, por volta de 1886, tendo deixado a Alemanha logo depois da primeira Guerra Mundial, estabelecendo-se em Paris, onde dedicou-se ao comércio de peles. Essa mesma atividade levou-o a Argentina, onde viveu até meados da década de 1920, quando veio para o Brasil, onde radicou-se definitivamente. Homem culto, falava oito idiomas e tocava piano. E foi justamente a música que o inspirou para uma nova atividade profissional, quando veio para o Rio de Janeiro, tendo adquirido a Casa Carlos Wers, especializada na venda de instrumentos musicais e partituras.
Mais que um negócio, a Casa Carlos Wers foi um ponto de encontro dos artistas da época, onde Donati teve a oportunidade de cultivar uma verdadeira legião de amigos, que preenchiam sua vida solitária. Tendo perdido na guerra a família, os amigos, e possivelmente aquela que teria sido o grande amor da sua vida, tinha em seu país natal apenas duas sobrinhas...e foi no Brasil que ele encontrou um novo tipo de fraternidade, entre pessoas com as quais partilhava sua sensibilidade e generosidade.
Pouco depois de chegar ao Brasil, Donati conheceu Itatiaia, onde costumava hospedar na famosa Pensão Walter. Encantado com o local, onde encontrou outros imigrantes europeus, vindos em 1908, na época da criação do Núcleo Colonial do Itatiaia, Donati adquiriu em 1928 a gleba 128, do mesmo casal Walter que o hospedava. E ali construiu o Hotel Repouso, inaugurado três anos mais tarde. Na época não havia estrada, e o material da obra era transportado em carros de bois. E os hospedes tinham que chegar lá à cavalo.
Em poucos anos, o hotel transformou-se em seu principal interesse, tendo fechado a Casa Carlos Wers para dedicar-se integralmente. Afinal, o hotel era também um bom endereço para receber seus muitos amigos, como o poeta Vinicius de Morais, que se refere a ele em algumas cartas. E como Alberto da Veiga Guignard, que retribuía a hospitalidade de Donati pintando muito, inclusive nas portas, paredes, traves e janelas da cabana que ocupou, e na sede do hotel.
O Hotel Repouso hoje, chama-se Hotel Donati, por iniciativa dos novos proprietários, herdeiros do casal Marina e Mamede Vidal de Andrade, que o administraram durante décadas, e inclusive em seus últimos anos de vida. Donati adotou-os, assim como a alguns dos seus vizinhos em Itatiaia, como a sua verdadeira família, tendo sido padrinho das duas filhas do casal, Dora e Dalva. E deixou-lhes o hotel, hoje administrado por Dora e seu filho Carlos Eduardo, como herança.
Roberto Donati faleceu entre 1967 e 1968, não tendo sido possível precisar a data, mais de 80 anos. A cabana onde Guignard morou, e que é uma das atrações do hotel, ainda mantém as pinturas do artista, e onde, apesar da necessidade de reforma por que passou, continuam preservadas.
Célia Borges

IMAGENS DE ITATIAIA – Desordem urbana





A proposta da atual administração de Itatiaia, de apoiar e incentivar o turismo como prioridade no município, parece ter caído no esquecimento, antes mesmo de se completar um ano de mandato. Um bom testemunho disso são as condições em que se encontra Penedo, uma das suas principais regiões turísticas.
A prefeitura argumenta que não tem dinheiro, mas muitos dos problemas e situações existentes dependem mais de trabalho e vontade política, o que parece que, além da crônica falta de verbas, também não está existindo na proporção necessária.
Além dos inúmeros buracos nas principais vias de acesso, quem transita por Penedo encontra situações completamente absurdas, como a pista de uma das avenidas principais, a Avenida Penedo, no Jardim Martinelli, onde trafegam linhas de ônibus e caminhões, além dos demais veículos, ser usada para “virar cimento” de uma obra, e isso durante semanas, sem ser incomodado por qualquer fiscalização.
Veículos avariados, abandonados nas ruas por seus proprietários, também durante semanas, sem pneus, e até sem as rodas (o da foto está há meses, no alto da ladeira do Formigueiro) mostram que a falta de fiscalização permite todo o tipo de abuso. Até uma obra, em terreno com grande encosta, sem qualquer placa de identificação, o que pressupõe clandestinidade, está sendo realizada, para a perplexidade de uma parcela da população local, que se preocupa com a coletividade.
Ao prometer tratar o turismo como prioridade, o atual governo de Itatiaia apostava nessa atividade como fator de desenvolvimento econômico sustentável, associando-a com uma política ambiental à altura do que o município, com seu grande patrimônio natural, precisa e merece. Mas até agora, muito pouco, ou nada, evoluiu, nas políticas voltadas para esses dois setores. E o prefeito, como as demais autoridades do país, começa a procurar refúgio na política da desculpa esfarrapada, também conhecida como “eu não sabia”.
Célia Borges

12 de novembro de 2009

AGENDA CULTURAL – Canudos, de Euclides da Cunha, em peça em Visconde de Mauá



O Colégio Estadual Antônio Quirino e o Centro Cultural Visconde de Mauá estão convidando para a apresentação da peça teatral “Os Sertões, Impressões de Canudos”, baseada na obra de Euclides da Cunha, nesta sexta-feira, dia 13 de novembro, na sede do Centro Cultural, às 19h30.
O texto conta com a adaptação da professora de literatura Dilza Freitas, o elenco do Grupo de Teatro, e a direção de Gilda Guilhon. Essa é mais uma iniciativa do Centro Cultural Visconde Mauá na comemoração dos seus cinco anos, trabalhando pela arte, educação e cultura. O Centro, que agora é também Ponto de Leitura, está aberto a doações de livros para seu acervo, e outras contribuições, para a continuação dos seus trabalhos.
Célia Borges

9 de novembro de 2009

ALDEIA GLOBAL – Dê-se um presente de Natal: leia a Constituição do seu país


O fim de mais um ano vem chegando. E esse, parece que passou ainda mais depressa do que o anterior. Mal conseguimos realizar nossos projetos para 2009, e eis que as vitrines já começam a se encher de bolas coloridas e da animação das lâmpadas pisca-pisca. E, como na profética frase de Tommaso de Lampeduza, no seu clássico “O Leopardo”, tudo mudou, para continuar igual. O mundo mudou nesses pouco mais de dez meses, surgiram novas tecnologias, prédios foram construídos, a economia levou um “tranco” e se ajustou... mas no essencial, tudo continua exatamente igual.
Violência e corrupção. Covardia e inanição. O marketing substituindo a ética perdida. E essa estarrecedora falta de vontade política para a solução dos problemas da nossa existência, como indivíduos e como cidadãos. Enquanto bancos, empresas e outros setores da economia privada receberam bilhões em ajuda para corrigir a “bolha” especulativa que eles mesmos criaram, os recursos para socorrer os refugiados e famintos do planeta, só fez minguar. Enquanto autoridades de governos se locupletam dos luxos que seus altos cargos lhes garantem, ainda há crianças morrendo de diarréia, e idosos morrendo na fila dos hospitais públicos.
Enfim, não é difícil apontarmos os problemas que nos afligem. O difícil é encararmos o fato de que as mudanças dependem de nós mesmos. Mas para mudar é preciso, antes de mais nada, querer. E querer sinceramente. E investir nesse desejo de mudança. E além de coragem, isso implica em conhecimento. Em ampliar conhecimentos. Em não ter medo de saber. Hoje, vivemos num mundo em que o conhecimento é um valor tão importante que já se compara ao capital financeiro. E como costumava dizer meu falecido marido, Paulo Borges, saber não ocupa lugar. Mas pode fazer grande diferença, na nossa vida e nas dos demais.
Um conhecimento básico para a nossa vida deveria ser, por exemplo, o da Constituição do nosso país. Como queremos ser cidadãos, se não conhecemos nem mesmo a mais básica das nossas leis? Se eu soubesse fazer enquete no meu blog, faria essa: quantos dos meus leitores já se deram ao trabalho de ler a Constituição do seu país? Não quero ser pessimista, mas acredito que muito poucos. Quando fiz o curso ginasial no Colégio Estadual Orsina da Fonseca, tínhamos uma matéria chamada Estudos Sociais, e nela, estudávamos a Constituição. Mas em 1988 foi promulgada uma nova, e desde então, que eu saiba, ela não é leitura obrigatória em lugar nenhum. Talvez apenas nos cursos de Direito, mas mesmo assim...
O desconhecimento de nossos direitos e deveres é emblemático, para mostrar o quão pouco nos damos valor, o quão pouco nos respeitamos como cidadãos. O Judiciário é uma bagunça, a Justiça não funciona, mas não vamos ajudar em nada a melhorar essa situação se optarmos por, simplesmente, nos omitirmos e nos rendermos á nossa própria ignorância. Sem saber o que nos cabe, sem conhecer os limites constitucionais das autoridades, nos tornamos uma população sujeita á todo o tipo de manipulação, tratados como gado, nivelados por baixo, desrespeitados em todos os escalões.
Desunidos e desorganizados, não vamos chegar a lugar algum. Mas ignorantes dos nossos direitos e deveres, aí então é que não vão sobrar muitas esperanças de se construir um país, melhor, mais justo e desenvolvido, e desculpem o chavão, mas não há como dizer isso de forma diferente. Sem conhecer as nossas próprias leis, não há como esperar que sejamos donos dos nossos próprios destinos. E o mais preocupante é que a maioria da população não está minimamente preocupada com isso. Distraídos com pão e circo, dançando funk e vendo “reality shows” na TV, e o resto, “Deus dará...”
Meu convite e sugestão para a leitura da Constituição não vai, certamente, garantir a ninguém uma vida melhor. Ninguém vai conseguir um emprego, nem ficar rico com isso. Não há maiores vantagens, do que aquela de se tomar consciência daquilo que, se não somos, deveríamos ser. De ter consciência de que se esse não é o país que nós queremos, pelo menos poderia ser. Se as leis fossem respeitadas. Mas se nem conhecemos as nossas leis, podemos esperar o quê?
Célia Borges

8 de novembro de 2009

EXPOSIÇÃO DE FOTOS E LANÇAMENTOS NO CENTRO CULTURAL VISCONDE DE MAUÁ


O Centro Cultural Visconde de Mauá está convidando associados e o público em geral para a abertura da Exposição de Fotografias dos fotógrafos Darshana, Juliana Mello, Ligia Skowronski e Daniel Campadello , que será realizada no próximo dia 12 de novembro, à partir das 19h30, juntamente com o lançamento do Calendário 2010 e do CD “Caleidoscópio Surreal”, do músico Leo Gatti.
O coquetel de abertura contará com o apoio da Padaria de Produção “Meninos da Montanha”, com seus deliciosos pães. A exposição de fotografias ficará aberta no Centro Cultural até o dia 28 de novembro, aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 18 horas. À partir do dia 30 de novembro ela estará exposta na Galeria Alegria, na Vila das Flores, em Maringá.

3 de novembro de 2009

IMAGENS DE ITATIAIA – Município distribui água imprópria para consumo



Alguns bairros de Itatiaia vêm recebendo, há pelo menos três meses, água contaminada com coliformes, e portanto, impróprias para consumo. A situação encontra-se relatada nos
Documentos de Qualidade Operacional do Laboratório de Análise de Água da Prefeitura de Itatiaia, emitidos regularmente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Nas análises feitas no dia 4 de agosto passado, dos 23 pontos de coleta pesquisados, em cinco foi acusada a presença de coliformes totais – Vila Odete, Belos Prados, Jardim das Rosas, Vila Paraíso e Marechal Jardim – e em outros dois – Jardim das Rosas e Marechal Jardim – também coliformes termotolerantes.
No dia 11 de agosto, em 24 pontos de coleta, oito apresentavam a presença de coliformes totais: Vila Magnólia, Vale do Ermitão, Vila Flórida, Belos Prados, Vila Esperança, Jardim das Rosas, Marechal Jardim e Haras Palmital. A qualidade da água mostra uma recuperação na coleta de 18 de agosto, com apenas três pontos com coliformes totais – Vale do Ermitão, Vila Esperança e Marechal Jardim – mas na coleta seguinte, de 15 de agosto, em 23 pontos de coleta, seis apresentaram coliformes totais – Vale do Ermitão, Vila Flórida, Jardim das Rosas, Marechal Jardim, Haras Palmital e Palhoça Palmital – além de cinco com coliformes termotolerantes – os mesmos citados antes, menos Marechal Jardim.
As condições mais críticas foram verificadas na coleta do dia 10 de setembro, quando dos 22 pontos pesquisados, oito apresentaram coliformes totais – Vila Flórida, Vila Esperança, Jardim das Rosas, Jambeiro PP38 e PP39, Rua Roberto Cotrim (Campo Alegre), Vila Pinheiro e Marechal Jardim – além de coliformes termotolerantes em quatro – Vila Flórida, Jardim das Rosas, Jambeiro PP38 e PP39. Na coleta de 30 de setembro foram detectados coliformes totais no Jambeiro PP38 e no Palhoça Palmital.
Além da presença de coliformes, os Documentos de Qualidade Operacional do Laboratório de Análise de Água da Prefeitura de Itatiaia apontam, no decorrer desses meses, problemas com a turbidez (cristalinidade) da água, que em várias ocasiões, e em diversos pontos, tem apresentado índices muito superiores aos Valores Máximos Permitidos.
Os Documentos relativos às coletas do mês de outubro não haviam sido divulgados até hoje pela manhã. O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Domingos Baumgratz, informou que a sua secretaria vem empreendendo todos os esforços para solucionar o problema da água em Itatiaia, mas que encontra dificuldades diante da falta de recursos. Ele afirma que estão sendo elaborados convênios com o governo estadual, no sentido de obter os recursos necessários para a solução desse, e de outros problemas ambientais do município.
Célia Borges

2 de novembro de 2009

Ciclo de Debates sobre o Parque Nacional do Itatiaia tem 3º Encontro



O Ciclo de Eventos e Debates sobre o Parque Nacional do Itatiaia, iniciado em setembro, terá nesta quarta-feira, 4 de novembro, o seu terceiro encontro, com início marcado para 18 horas, e como nos anteriores, no plenário da Câmara Municipal de Itatiaia.
O tema desse encontro será a apresentação da Proposta de Regularização Fundiária do Núcleo Colonial de Itatiaia, marcada para 18h30, e apresentada pela Associação dos Amigos do Itatiaia, a AAI; para as 19 horas estão programados os debates, tendo como moderador Luiz Alves, e às 20 horas, encerramento e encaminhamento.
Nos debates anteriores foram apresentadas as questões ambientais do município e uma análise histórica, e a apresentação do Plano de Manejo que vem sendo imposta pelas autoridades federais que administram o parque, através do Instituto Chico Mendes. O encontro visa restabelecer direitos, ameaçados por essa proposta, e apresentar alternativas para a convivência entre a comunidade do município e a instituição.
Célia Borges

30 de outubro de 2009

A Bruxinha Que Era Boa, sábado no Centro Cultural Visconde de Mauá


O Centro Cultural Visconde de Mauá está convidando os sócios e o público para a pré-estréia da peça teatral A Bruxinha Que Era Boa, neste sábado, dia 31 de outubro, às 19 horas, em sua sede. Este clássico do teatro infantil, de Maria Clara Machado, encenado pela primeira vez no Teatro Tablado, nos anos 50, conta com a direção, em trabalho voluntário, de Gilda Guilhon, detentora de um prêmio Molière, nos anos 80.
No elenco estão Vanessa Ramos (Bruxinha Ângela), Patrícia Carvalho (Bruxa-chefe), Regina Guerra (Bruxa Caolha), Lea Caban (Bruxa Fedegunda), Thais Lopes (Bruxa Fedelha), Márcia Patrocínio (Bruxa Fedorosa), Paulo Lopes (Bruxo Belzebu), Daniel Campadello (Bruxo Assistente) e Marcos Garcia (Pedrinho). Viviana Merlo, Nossa Arte e Grupo assinam os cenários, e a iniciativa conta com a “super força” de Emanuel e Helena Lavigne. A produção é do Grupo de Teatro do Centro Cultural Visconde de Mauá. Na oportunidade, serão recebidas, aliás, muito bem recebidas, doações que ajudem a continuação dos trabalhos.
Célia Borges

27 de outubro de 2009

PAISAGISMO E JARDINAGEM – Mais receitas naturais para o combate às pragas e doenças de plantas e plantações





Paisagistas, jardineiros e demais apreciadores das plantas e da natureza, sabem que todo o cultivo implica em riscos de aparecimento de pragas e doenças. E que os inseticidas químicos sempre afetam e contaminam o meio ambiente. Por isso, são cada vez mais procuradas as fórmulas e receitas que, usando ingredientes naturais, promovem o controle de predadores e micro-organismos, com o mínimo de poluição.
O uso das próprias plantas – inteiras ou de algumas de suas partes, como folhas, raízes, flores, cascas e frutos – é bastante comum nas fórmulas naturais de inseticidas e fungicidas. A maioria delas é de fácil acesso , como mostram algumas receitas que selecionei, através de pesquisas em livros e na internet, e que relaciono abaixo:
CEBOLA OU CEBOLINHA VERDE – Indicada como repelente de pulgões, lagartas e vaquinhas. Ingredientes: 1 kg de cebola ou cebolinha verde para dez litros de água. Cortar em pedaços pequenos e deixar macerar por 7 (cebolinha) a 10 (cebola) dias. Diluir um litro da mistura em três litros de água e pulverizar.
INSETICIDA DE CEBOLA E ALHO – Indicado para o controle de pulgões em plantações de vagens e tubérculos, ou como fungicida nos tomateiros. Ingredientes: três cebolas, cinco dentes de alho e 10 litros de água. Moer a cebola e o alho, e misturar em cinco litros de água. Descansar por dois dias, e depois espremer, retirando o suco e misturar com os outros cinco litros de água. Pulverizar uma vez por semana.
INSETICIDA DE CRAVO DE DEFUNTO – Indicado para o controle de insetos e nematóides. Ingredientes: 100 gr de flores, folhas e ramos de cravo-de-defunto e dois litros de álcool, podendo ser potencializado com 100 ml de acetona. Picar os pedaços da planta e macerar nos 100 ml de acetona, deixando descansar por 24 horas, e depois juntar o álcool. Coar e utilizar a solução, diluindo cada litro em dez de água, antes de pulverizar. Plantar cravo-de-defunto nas bordas de certas culturas também é indicado para o controle de insetos.
MACERADO DE SAMAMBAIA – Indicado para o controle de ácaros, cochonilhas e pulgões. Ingredientes: folhas secas de samambaia e água. Colocar 500gr de folhas frescas ou 100gr de folhas secas em um litro de água e deixar repousar por um dia. Ferver por meia hora, e depois diluir em dez litros de água, antes de pulverizar.
CHÁ DE CAMOMILA – Indicado no controle de fungos em todo o tipo de plantas. Ingredientes: 50gr de flores de camomila em um litro de água. Deixar de molho por três dias, agitando a mistura quatro vezes ao dia. Coar e aplicar como pulverização em dias alternados. Adequado para plantas delicadas e mudas de sementeiras.
INSETICIDAS DE TOMATEIRO – Indicados para o controle de pulgões. Primeira receita: 25gr de folhas e talos de tomateiro, 100gr de carbonato de sódio e dez litros de água. Misturar as folhas e talos bem picados ao carbonato de sódio. Ferver os ingredientes por uma hora, coar e diluir em 100 litros de água, para pulverização. Segunda receita: ½ kg de folhas e talos de tomateiro e um litro de álcool. Picar bem os resíduos do tomateiro e deixar em repouso no álcool por três a cinco dias, coar espremendo bem, e diluir um copo em dez litros de água antes de pulverizar.
Além dessas, já publiquei outras receitas naturais, em postagens anteriores, especialmente as de junho de 2008, nas páginas de Meio Ambiente. Naquelas, estão citadas fórmulas á base de urtiga, angico, pimenta, cerveja, cinzas, farinha de trigo, leite e soro, e sabão. Continuo pesquisando novas receitas, e conto com a ajuda dos leitores, para alimentar essa “corrente do bem”, que nos reúne, apaixonados pela Natureza e protetores do meio ambiente.
Célia Borges

CAFÉ LIBREDÓN: Degustação natural na Estrada do Parque Nacional de Itatiaia



Um novo conceito em degustação de café, é o que vai oferecer aos seus apreciadores o Café Libredón, que será aberto ao público na próxima sexta-feira, dia 30, à partir das 17 horas. A principal atração da nova casa é o café orgânico tipo Gourmet, produzido com 100% de coffea arábica. Será servido como expresso ou filtrado em cafeteira francesa de vidro (french press).
O Café Libredón fica na Av. Vanderbilt Duarte de Barros, nº 1915 – a estrada de acesso ao Parque Nacional do Itatiaia - próximo á Pousada Itaúna. O ambiente é pequeno, mas muito aconchegante, com seus móveis rústicos e decoração que lembra a influência dos colonizadores. A culinária vem assinada pela Alecrim, Cultura e Saúde.
Para os seus idealizadores, “o Libredón, mais do que cafés, quer produzir experiências”. E a mensagem deles aos visitantes é das mais convidativas: “Aos pés do Parque Nacional do Itatiaia você pode agora curtir a sensação de tomar um excelente café e saborear bolos, doces, salgados, geléias e pães saudáveis e naturais. Tudo isso fará você ter ainda melhores recordações de seus dias por aqui.”
Célia Borges

26 de outubro de 2009

NOITE DAS BRUXAS FINLANDESAS EM PENEDO



O Clube Finlândia está convidando sócios, amigos, magos, bruxas, duendes, fadas, gnomos e tontuu para a sua Noite das Bruxas Finlandesas, no próximo sábado, dia 31 de outubro. A Festa das Bruxas, no hemisfério norte europeu, marca o fim oficial do verão, e o início do ano novo. Celebra-se também o final da última colheita do ano, e o período do retorno dos rebanhos. A festa recebia vários nomes, como Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, Festa do Sol e Halloween.
Na sua origem finlandesa, a data é também associada ao Dia de Todos os Santos, 1º de novembro, quando se costuma homenagear as antigas tradições, como a existência de bruxas, duendes e gnomos. A tradição das bruxas, comum em países nórdicos, também existiu na Finlândia, especialmente na Lapônia, região norte do país. Conta-se que eram famosas as bruxas finlandesas entre os séculos XVI a XIX. Eram mulheres que seguiam suas práticas pagãs da época, além dos xamãs da Lapônia.
Segundo pesquisas do Diretor Cultural do Clube Finlândia Sérgio Fagerlande, rezava a lenda que essas bruxas vinham das montanhas e entravam pelas chaminés das casas das aldeias. Outras vinham montadas em porcos, assustando as pessoas. Muitos acreditavam que deviam tomar sauna em silêncio, para ouvirem os sons das bruxas de Kiiri: se ouvida uma música melodiosa, era previsão de casamento; mas se os sons fossem sinos de vacas, era previsão de perigo para o gado.
A tradição das crianças se vestirem de bruxas, na Finlândia, data de meados de 1800, mas são encontradas figuras de bruxas desde cerca de 1480. Outra forte tradição que remete á Lapônia é a presença de duendes, que de tão comuns nas florestas, foram indicados para serem auxiliares do Papai Noel, conduzindo as renas (tão comuns no norte da Finlândia) e fabricando os presentes.
Assim, segundo Sérgio Fagerlande, a Festa das Bruxas de Penedo é mais do que um simples Halloween, mas uma retomada das tradições nórdicas, como bruxas, duendes, gnomos e outras criaturas da natureza, mas não necessariamente assustadoras. Na Finlândia esses festejos eram mais comuns na época da Páscoa, mas em Penedo houve uma mistura de tradições, associando-a à festa anglo-saxônica do Halloween e ao 1º de novembro, e assim resultando na Noite das Bruxas Finlandesas no dia 31.
A proposta é uma noite de muita diversão, em torno desses símbolos de magia, que só exaltam a natureza, seja na Finlândia, seja em Penedo. A fantasia não é obrigatória, mas haverá brindes para as melhores, além de um pote de guloseimas para as crianças que estiverem presentes. E por falar em crianças, a presidente do Clube Finlândia, Helena Hildén, avisa que começam nas próximas semanas os ensaios para os duendes do Pikkojoulu, tradicional festa de Natal, que será realizada no dia 28 de novembro. Quem quiser participar deve procurar o Museu Finlandês da Dona Eva.
Célia Borges

25 de outubro de 2009

IMAGENS DE ITATIAIA – Buracos no caminho do turismo em Penedo






Por mais que se queira dar um voto de confiança à atual administração de Itatiaia, há alguns problemas no município de tal visibilidade, que nem com toda a boa vontade é possível relevar. Afinal, passados quase dez meses do novo governo, Penedo, que é um dos seus principais destinos turísticos, continua com a mesma aparência de desmazelo e abandono. E um dos sintomas mais óbvios desse descuido é a quantidade de buracos pelas ruas, avenidas e estradas.
A estação da chuva está chegando, e até agora a única manutenção perceptível, e assim mesmo em alguns poucos pontos de maior movimento, foi a colocação de escória e cascalho sobre alguns buracos. O que é uma solução provisória, e que aumenta os riscos de derrapagem se for necessária uma freada brusca nesses locais. E uma solução que, literalmente vai pro buraco, com dois ou três dias de chuva forte.
Os buracos, se já não são exatamente motivo de satisfação para os moradores, que diariamente colocam seus veículos e suas vidas em risco – já que alguns dos maiores estão próximos de curvas, e em locais de grande movimento – não são também grande atrativo para os turistas, que procuram lazer e diversão, mas não estão livres de ter que voltar para casa com seus carros avariados.
É compreensível - e a população tem se mostrado bastante compreensiva - que o município não disponha de todos os recursos necessários, para resolver todos os seus problemas. Mas foi o próprio novo governo, no início do mandato, quem anunciou que o turismo seria prioridade. Os gastos com o turismo são investimento, geram empregos e voltam aos cofres públicos na forma de impostos. E para incentivar o turismo em Penedo e nos nossos demais destinos turísticos, não são necessárias obras monumentais e de alto custo, mas apenas promover uma manutenção adequada daquilo que já existe.
Penedo, Maromba e Maringá, já são locais privilegiados pela Natureza, e é preciso de muito pouco do orçamento municipal para deixá-los em condições, pelo menos razoáveis. Mas para isso é preciso determinação, vontade política, e um projeto de governo que leve à sério aquilo que anuncia como prioridade. A Secretaria Municipal de Turismo está de parabéns, pela ampla participação que tem tido em divulgar o município em feiras, encontros e congressos. Mas não adianta divulgar o município, se a estrutura “receptiva” deixa tanto a desejar.
Nessa altura do ano, é difícil imaginar que o problema seja resolvido antes do final da próxima estação das chuvas, em março do ano que vem. Até lá, os buracos, e inclusive aqueles que já tomam as dimensões de verdadeiras crateras, tem tudo para aumentar. Não sabemos quanto custaria, não tapar buracos de qualquer maneira, mas realizar obras que resolvam o problema pelo menos á médio prazo. Isso a Prefeitura não informa. Mas devia. Afinal, no melhor dos mundos, a prefeitura prestaria contas de todas as suas receitas e despesas, e a população teria oportunidade de fiscalizar, participar, opinar... e nesse mundo, até o prefeito saberia o que se passa em seu próprio município, o que atualmente, ele prefere, confortavelmente, desconhecer.
Célia Borges

19 de outubro de 2009

“HOMENAGEM À VILLA LOBOS – 50 anos de morte”, nesta quinta em Visconde de Mauá



O Centro Cultural Visconde de Mauá está convidando para o concerto “Homenagem á Villa Lobos – 50 anos de morte”, nesta quinta-feira, 22 de outubro, às 20 horas, na sua sede, apresentado pelo Duo Rosenete Eberhardt (voz) e Marcus Llerena (violão).
A série de concertos em homenagem à Villa Lobos, pelo Duo Eberhardt/Llerena está sendo iniciada nessa terça, dia 20 de outubro, às 20h30, no Espaço Cultural Recanto 21, em Quatis, e depois da apresentação em Visconde de Mauá, será encerrada no dia 24 de outubro, sábado, na Igreja do Rosário, em Resende, às 20 horas. Após os apresentações, haverá venda de CDs dos artistas.
Célia Borges

17 de outubro de 2009

18 DE OUTUBRO: DIA NACIONAL CONTRA A BAIXARIA NA TV

A campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania” comemora nesse 18 de outubro de 2009 a quarta edição do Dia Nacional Contra a Baixaria na TV. Desde 2006 a campanha promove diversas ações para marcar a data. Nesse domingo haverá um programa VER TV ESPECIAL, à partir das 17 horas, a ser exibido pela TV Brasil e pela TV Câmara.
Segundo os organizadores, o tema do Dia Nacional Contra a Baixaria na TV traz uma reflexão importante: Há qualidade na televisão brasileira? Para dar essa resposta, a coordenação da campanha convidou especialistas ligados à comunicação, professores, estudantes, filósofos e psicólogos, para indicar uma lista com os cinco melhores programas em exibição na TV aberta.
A partir das indicações foi elaborada uma enquete, que está disponível para votação, no Site da Campanha. Além da enquete, foi realizada uma pesquisa de opinião na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília. Trezentas pessoas foram entrevistadas, e opinaram sobre qual é o melhor programa da TV Brasileira, entre os cinco indicados.
O resultado da enquete será divulgado no programa. A Campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, desde sua criação, em 2002, trabalha pela qualidade da programação televisiva, e ao denunciar programas que desrespeitam os direitos humanos, pretende colaborar para a sua melhoria, já que a televisão constitui um importante instrumento na formação da cidadania.
Quem quiser participar, votar, dar sua opinião, pode acessar o endereço WWW.eticanatv.org.br/index.php?sec=1&cat=1&pg=28. Sua participação pode fazer grande diferença. Os eleitores dos cinco melhores programas da nossa TV foram Eugênio Bucci (jornalista e professor), Murilo Ramos (professor), Venício de Lima (professor), João Freire (professor), Pedrinho Guareschi (filósofo e professor), Padre Geraldo (assessor da CNBB), Márcio Araújo (jornalista), Toni Reis (ABGLT), Fátima Tassinari (ABGLT), Jacira Silva (Movimento Negro Unificado), Edgar Rebouças (professor), Cleomar Souza Manhas (INESC), Denise da Veiga Alves (CIMI) e Isabella Henriques (Instituto Allana).
Célia Borges