9 de junho de 2008

ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE VIII– Plante uma árvore...e siga algumas regrinhas para proteger a Natureza



O dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. E 21 de setembro é o Dia da Árvore, evocando o início da Primavera. A luta pela preservação da natureza é, entretanto, uma luta de todos os dias, que não precisa de datas comemorativas para ser lembrada. Através de algumas simples providencias e atitudes, cada um pode ir dando no dia a dia a sua importante contribuição.

Antigamente costumava-se dizer que a pessoa realizada era aquele que tivesse pelo menos um filho, escrevesse pelo menos um livro, e plantasse pelo menos uma árvore no decorrer da sua vida. Nos nossos dias, com o crescimento de uma “consciência ecológica”, mesmo quem não tem filhos nem pretende escrever um livro, pode pelo menos, e com grande relevância, fazer a sua parte, plantando uma árvore.

Plantar uma árvore – Uma única árvore pode absorver em média, 200 quilos de carbono durante seu crescimento. Além da sombra, flores e frutos, ela estará ajudando a combater o aquecimento global.

Transporte – De preferência ao transporte público (economizando combustível e reduzindo a emissão de gás carbônico), e sempre que possível use a bicicleta ou caminhe, ajudando a si mesmo a ter uma boa saúde.

Alimentação – Planeje o cardápio e as compras de forma a reduzir ou evitar o desperdício. Nesse momento em que a crise de alimentos se apresenta como um risco, é importante também pesquisar receitas que aproveitem talos, cascas e folhas. Prefira produtos orgânicos, isentos de agrotóxicos.

Economia de água – A adoção de pequenos hábitos, na hora de lavar a louça (deixando de molho, ensaboando, e depois enxaguando em grupos), no banho (ficando menos tempo sob o chuveiro e desligando no ensaboamento), e evitando vazamentos, é importante, assim como evitar de jogar pelo ralo óleo de cozinha usado e produtos tóxicos que possam contaminar os rios.

Economia de energia elétrica – Nesse assunto cada brasileiro devia ser mestre, depois da crise do apagão. Manter os hábitos aprendidos naquela época é útil para a economia doméstica, e indispensável como investimento na questão ambiental.

Sacolas e embalagens plásticas – Evite tanto quanto possível... na Europa os supermercados cobram pelas sacolas e estimulam o cliente a levar suas próprias. Sacolas plásticas jogadas no lixo vão levar 450 anos para se decompor, contaminando o meio ambiente. Evite também produtos que tenham embalagens desnecessárias, preferindo aquelas em que elas possam ser reaproveitadas.

Recicle tudo o que puder – Comece a experiência por sua própria casa ou local de trabalho, procurando reaproveitar o máximo possível. Existem inúmeras fontes para se pesquisar formas de reciclagem, como revistas, livros, sites na internet, além de cursos de artesanato. Os materiais que você não puder reaproveitar podem ser vendidos em “ferro-velhos” ou encaminhados para instituições filantrópicas que os vendem para obter recursos. Dois sites interessantes para quem gosta do assunto são o da Recicloteca (www.recicloteca.org.br) e do Cempre (www.cempre.org.br).

Apóie as iniciativas de reciclagem – Não basta só reciclar, é importante também contribuir para o aumento dessa “rede de reciclagem”, divulgando as instituições e prestigiando empresas que trabalhem com recicle. Doar seu lixo reciclável, adquirir produtos resultantes desse esforço, encaminhar a bibliotecas e escolas públicas os livros e revistas usados, e apoiar enfim todas as iniciativas com esse objetivo, são pequenas atitudes que podem proporcionar grandes resultados.

Combata o tráfico de animais – Além de não comprar animais silvestres, é importante combater o tráfico de animais, e assim evitar sua caça predatória. Denúncias sobre esse crime devem ser encaminhadas ao IBAMA, pelo telefone 0800-618080.

E afinal, se você já plantou uma árvore, plante outra. Nunca é demais. A natureza agradece. E as próximas gerações, provávelmente também.

(Nas fotos, minha homenagem aos historiadores e ambientalistas de Resende, na figura da árvore símbolo do município, o misterioso Timburibá.)

Célia Borges

LIVROS – Dicionário da Língua Portuguesa Medieval e o Disque-Gramática


Um dicionário especializado na língua portuguesa do período medieval, desde o ano 1100 até meados do século XVI, acaba de ser lançado pela editora da Universidade Estadual de Londrina/PR. A obra, do professor Joaquim Carvalho da Silva, aborda os aspectos semânticos, epistemológicos e ortográficos, e representa uma relevante contribuição para estudantes, pesquisadores e demais interessados no assunto.

Professor do departamento de Letras Vernáculas e Clássicas daquela universidade, o autor trabalhou por cerca de doze anos no estudo e pesquisa, e reuniu cerca de 17 mil verbetes, em 310 páginas. Segundo ele, o vocabulário do idioma naquele período era de cerca de 15 mil palavras, sendo que as expressões excedentes são por conta das muitas variações encontradas.

A língua portuguesa passou, ao longo dos anos, por uma série de variações, e o idioma, até chegar aos dias de hoje, foi recebendo novas palavras, estruturas e construções, com características próprias de cada região em que era falado. Por isso, para os estudiosos que precisam pesquisar em textos antigos, como aqueles que trabalham com História, Literatura, Filologia e Música, por exemplo, o dicionário será de grande utilidade.

“Trabalho com língua medieval na literatura há vários anos e sempre senti necessidade de um dicionário que me ajudasse a identificar palavras utilizadas nos textos mais primitivos. Muitas palavras atuais tinham, antigamente, ortografia bastante diferente, sendo difíceis de serem identificadas”, comenta o professor Joaquim Carvalho da Silva.

O dicionário está sendo vendido à R$ 65,00, com pedidos pelo site da UEL, www2.uel.br/editora, e por enquanto não está disponível na internet. Mas quem precisar da ajuda do professor, pode usar o Disque-Gramática, criado por ele mesmo há 13 anos, e que recebe cerca de 20 consultas por dia. O número é (43) 3371-4619.

Célia Borges