6 de maio de 2008

XXII Simpósio de História do Vale do Paraíba

O Instituto de Estudos Valeparaibanos – IEV – e a Associação Educacional Dom Bosco – AEDB – estarão promovendo nos dias 15,16 e 17 de agosto próximo o XXII Simpósio de História do Vale do Paraíba, destinado a reunir historiadores, pesquisadores, professores e estudantes interessados no assunto.

O tema do simpósio será Fé e Poder no Vale do Paraíba, e as inscrições estarão abertas de 5 de maio até 15 de agosto, tanto para pessoas que pretendam apresentar seus trabalhos como para aquelas interessadas apenas a participar e assistir as apresentações.

A apresentação dos trabalhos inscritos poderá ser feita entre 5 de maio e 15 de junho, a análise pela Comissão Científica será feita entre 20 de junho e 31 de julho, e a divulgação dos resultados, à partir de 5 de agosto.

Maiores informações sobre o evento estarão disponíveis, nos próximos dias, no site da Associação Educacional Dom Bosco, no endereço www.aedb.br.

Célia Borges

PAISAGISMO E JARDINAGEM XI – Trepadeiras: beleza garantida em grandes ou pequenos espaços


As plantas “trepadeiras” são um interessante recurso no embelezamento de muros, entradas e fachadas, criando possibibilidades de uso quase infinitas. A maioria das espécies conhecidas e acessíveis, se destacam pela abundancia e beleza de suas florações, o que contribui para dar um toque de requinte aos locais onde são plantadas. A principal exigência delas é o ambiente externo, porque precisam de tanto sol quanto for possível, e não se adaptam bem em espaços sombreados, o que exclui seu cultivo em apartamentos, por exemplo.

Apesar dessa limitação, elas podem ser utilizadas em áreas reduzidas, desde que plantadas em vasos de pelo menos 80cm de altura ou mesmo em pequenos canteiros, porque não exigem grande espaço para enraizamento. As espécies mais comuns, como as primaveras – ou buganvilleas – e as alamandas costumam ser bastante resistentes, e sobrevivem e florescem com um mínimo de cuidados.

Além da insolação intensa, é indispensável que elas disponham de pontos de apoio para orientar seu crescimento, de forma que se desenvolvam na direção adequada ao objetivo decorativo. As ripas de madeira ou bambu são suficientes no início, mas em seguida é preciso um tutoramento direcionado ao desenho que se queira dar, o que pode ser obtido pelo uso de arame flexível e parafusos em forma de L, dispostos no formato pretendido. O arame deve estar folgado com relação ao tronco e aos galhos, para evitar o estrangulamento, que pode comprometer o desenvolvimento da planta. Outras armações mais artísticas, como treliças de madeira e grades de ferro garantem resultado ainda de maior beleza.

As primaveras (Bougainvillea Spectabilis) estão entre as trapadeiras mais populares e fáceis de cultivar. Nativas do Brasil, destacam-se pela variedade de cores de suas flores, que vão desde o branco até o vermelho mais intenso, passando pelas amarelas, alaranjadas, róseas e arrocheadas. São também de fácil reprodução, por estacas de galhos, e se adaptam bem à quase todos os climas, embora não suportem as geadas. Por ser uma espécie rústica, não é exigente quanto ao solo e resiste até à estiagem. Submetidas à algumas semanas de seca, costumam reagir de forma exuberante quando recebem às primeiras aguadas.

Outra espécie bastante popular e resistente, também nativa do Brasil, é a Alamanda, cuja floração amarela é extremamente decorativa, e costuma se prolongar pelo ano inteiro. Como as primaveras, são pouco exigentes com relação ao solo, mas crescerão e florescerão mais intensamente quanto melhor forem cuidadas. Também se reproduzem por estacas de galhos, e o único cuidado que se deve ter é quanto ao látex tóxico que produzem na hora da poda, o que recomenda o uso de luvas.

Nessa mesma linha de nativas do Brasil e resistentes, classificam-se também a família das Ipomeas, com sete tipos conhecidos, sendo que a mais popular é a Ipomoea caricica, também conhecida como Corriola ou jetirana, com suas flores, grandes e numeroas, lilases e com a corola arrocheada. Não raramente é encontrada na forma selvagem, e pode ser cultivada com grande facilidade. Da mesma família da Dama da Noite (Ipomoea Alba), existem também a Ipomoea asarifolia (indicada também como cobertura em áreas arenosas); a Ipomoea batatas ou batata-doce (com flores rosadas e corola cor de vinho); Ipomoea Horsfalliae ou trepadeira-cardeal (mais rara e com flores de um vermelho bordeaux); a Ipomoea horsfalliae rósea (semelhante à anterior, mas com flores mais claras); a Ipomoea purpúrea e a Ipomoea purpúrea hybrida (ambas na tonalidade arrocheada, sendo que a última apresenta raios brancos nas flores) e a Ipomoea quamoclit ou campainha (com flores vermelhas, tubulares e longas).

Para quem gosta de flores mais exóticas, uma boa recomendação são as Passifloras, da numerosa familia dos maracujás. Essas, além de flores produzem frutos comestíveis, e também muito recomendados para sucos. A mais comum e conhecida é a Passiflora alata, ou flor da paixão, ou ainda maracujá-doce, com flores avermelhadas e detalhes em roxo. Existem também a Passiflora ametista, com flores lilases; a Passiflora cincinatta, cujas flores roxas apresentam aspecto esfiapado; a Passiflora coccínea, ou maracujá de flor vermelha; a Passiflora edulis, ou maracujá-roxo; a Passiflora maliformes, cuja flor roxa possui filamentos brancos; e a Passiflora racemosa, ou maracujá-do-príncipe. As florações e sabor dos frutos podem variar de acordo com o clima e as condições de plantio, sendo que quanto mais sol e mais rico em matéria orgânica for o solo, melhor serão as respostas delas, em todos o sentidos.

É importante observar que as podas freqüentes não costumam dificultar o crescimento das trepadeiras, como acontece com muitas outras plantas. E as podas são importantes para que elas cresçam nos formatos pré-estabelecidos na sua perspectiva de decoração, eliminando os galhos muito baixos ou secundários, que fujam do desenho que se queira dar. Com alguma dedicação e criatividade, sua trepadeira pode ser transformada numa verdadeira obra de arte.

Célia Borges