Faleceu na sexta-feira (7/7) aos 87 anos, a presidente da Academia Itatiaiense de História, professora Alda Bernardes de Faria e Silva, que dedicou a vida a pesquisar, preservar e incentivar os estudos sobre a história e a cultura de Itatiaia.
Fundadora,
e principal responsável pelo funcionamento e atividades da instituição, a ARDHIS,
Alda Bernardes escreveu diversos trabalhos básicos sobre o assunto, e foi
incansável incentivadora de pesquisas que muito contribuiram para o
conhecimento da história município.
Nascida
no seio de tradicionais famílias de Itatiaia, Cotrim e Bernardes, a professora
Alda começou a se interessar e pesquisar a história ainda jovem, logo formou-se
e que começou a dar aulas no então Grupo Escolar Ezequiel Freire, onde sentia
falta de materiais para ensinar a seus alunos sobre sua própria terra natal.
Desde então, passou a entrevistar seus familiares e outros moradores, anotando
tudo em inúmeros cadernos.
Mesmo
durante o tempo em que viveu em São Paulo - onde formou-se fisioterapeuta e
trabalhou com notável desempenho profissional, casou-se com um médico, e residiu
até ficar viúva - Alda aproveitava suas viagens de férias à Itatiaia para
continuar suas pesquisas. Ao ficar viúva, em meados da década de 80, voltou a
residir em Itatiaia, dedicando-se mais do que nunca à história.
Atuou
no grupo de emancipacionistas, ao lado do irmão, Humberto Bernardes, e no ano
seguinte à conquista de condição de município, foi uma das fundadoras da
Academia Itatiaiense de História, ao lado dos coronéis Cláudio Bento, Lauro
Amorim, Geraldo Lavasseur França e Rubens Mader.
Nos
23 anos de existência da ARDHIS, Alda Bernardes sempre fez parte das
diretorias, sendo a presidente há cerca de uma década. Além de persistir nas
suas pesquisas, Alda escreveu trabalhos e foi a principal orientadora dos
demais pesquisadores da história do município, a quem nunca negou seus
manuscritos, documentos e livros.
Era
também colecionadora de móveis, louças, objetos de uso doméstico e artefatos
ligados à cafeicultura e pecuária locais, e que deveriam constituir o acervo de
um museu histórico que ela sonhava legar à Itatiaia, projeto que entretanto,
não pode ver concluído. Além de patrocinar com recursos próprios a maior parte
das atividades da Academia, ela também havia adquirido, há pouco mais de dois
anos, um antigo casarão, a Chácara Pequenina, destinada a esse projeto. (Célia
Borges)
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